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Moradora da Capital fica dois anos à espera de laqueadura
 
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04/05/2015

Moradora da Capital fica dois anos à espera de laqueadura

Doméstica de 43 anos, que teve recentemente o nono filho, reclama das dificuldades para fazer o procedimento via Sus

Quando entrou na fila por uma laqueadura na Capital, há dois anos, o oitavo filho da doméstica Fernanda Marques, 43 anos, moradora da Vila Vargas, no Bairro Partenon, tinha sete anos. Há duas semanas, ela deu à luz ao nono filho e segue aguardando pelo procedimento.

– Hoje as coisas estão muito caras e já tenho um monte de filhos para criar _ avalia Fernanda, que vinha fazendo o planejamento familiar utilizando injeções trimestrais de contraceptivo.

Conforme a doméstica, foi na troca da injeção trimestral para a mensal que ela acabou engravidando.

– Parou de vir no posto a injeção de três meses, vinha só a mensal, e eu não me cuidei bem – conta Fernanda, que descobriu a gestação aos três meses.

Quando decidiu fazer a laqueadura, ela procurou o posto da Vila Vargas. Segundo ela, no atendimento com uma psicóloga, foi informada de que ainda era nova para passar pelo procedimento e que poderia arrepender-se depois.

– Mas eu vou querer mais filhos para quê? Se a pessoa diz que não quer mais filhos, tinham que encaminhar para a laqueadura. Só disseram que tinha muita gente na fila. Por mim, já teria feito a laqueadura há muito tempo – afirma.

Diferentemente das outras gestações, na última Fernanda sofreu de hipertensão, o que antecipou o parto de Júlio.

A coordenadora da equipe de Saúde da Mulher da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Luciane Franco, nega que a espera por laqueaduras chegue a dois anos na Capital, como é o caso de Fernanda. As pacientes aguardam entre quatro e cinco meses.

Segundo a coordenadora, o encaminhamento mais antigo no sistema é de dezembro de 2014 e há 200 mulheres na fila atualmente. No ano passado, a média mensal de laqueaduras era de 85 procedimentos.

A equipe de Saúde da Mulher da SMS apurou que Fernanda teve consulta agendada no Hospital Fêmina em duas oportunidades (2011 e 2013), mas não foi localizada por telefone. Na época, ainda não havia agente de saúde na unidade (que faz visitas domiciliares à população), mas o agendamento teria sido informado em lista fixada no mural em frente ao posto de saúde.

Como Fernanda está no puerpério (período de 45 dias pós-parto), deve ir ao posto novamente, passar por uma consulta médica para que seja recomendado o contraceptivo adequado ao seu perfil e entrar na fila da laqueadura outra vez, além de atualizar o número do telefone.

Como funciona

– A paciente vai ao posto de saúde, passa por consulta com médico de família ou com ginecologista e manifesta o interesse.
– Pela lei, tem direito à laqueadura a mulher com mais de 25 anos ou dois filhos vivos. Cada caso é avaliado porque trata-se de um procedimento definitivo cuja chance de reversão é muito pequena.
– O pedido entra no sistema e a paciente é encaminhada a um dos cinco hospitais que fazem o procedimento pelo Sus: Fêmina, Clínicas, Conceição, Presidente Vargas e Puc.
– Em Porto Alegre, em 2014, foram realizadas 1.027 laqueaduras, apenas 15 a mais do que em 2013.


Autor: Roberta Schuler
Fonte: Zero Hora

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