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RS concorre a complexo tecnológico inédito para Saúde
 
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19/05/2015

RS concorre a complexo tecnológico inédito para Saúde

Governador gaúcho conheceu experiência da Medical Valley, da Alemanha, e pode anunciar parceria para nova unidade em São Leopoldo

Um encontro realizado no início da noite desta quarta-feira (13/5) reforçou a possibilidade do Rio Grande do Sul sediar um inédito polo de engenharia biomédica no Brasil. O governador José Ivo Sartori recebeu no Palácio Piratini a visita do Professor Tobias Zobel, diretor do Instituto Central de Engenharia Biomédica da Alemanha (ZiMT), o principal complexo tecnológico para medicina da Europa e um dos mais ricos e ativos do mundo. A reunião teve como objetivo replicar no Estado o modelo do cluster alemão, referência mundial ao integrar diversas empresas, universidades e instituições de saúde para o desenvolvimento de projetos e soluções em engenharia aplicada à área.

Na audiência, foi discutida a viabilização de uma parceria entre o Estado e a organização alemã para a possível criação de um complexo tecnológico e industrial na saúde articulado aos parques tecnológicos e instituições existentes no RS. São Leopoldo disputa com outras três cidades brasileiras a chance de receber este polo: Ribeirão Preto/SP, Curitiba/PR e Florianópolis/SC. Conforme apontado por Professor Tobias durante o encontro, a cidade do Vale do Sinos desponta como uma das favoritas nesse processo, que poderá ser decido entre os meses julho e agosto. A preferência ocorre por conta do movimento já realizado entre a Unisinos, o Hospital Mãe de Deus, a Administração Municipal, a Feira Hospitalar e outras organizações, bem como por conta de sua localização próxima aos importantes centros de saúde de ensino situados no RS e pela vocação do Estado de abrigar polos tecnológicos.

A fim de contar com a parceria do Governo gaúcho, o executivo alemão compartilhou a experiência do ZiMT no país europeu no desenvolvimento de soluções tecnológicas e na chamada indústria do conhecimento para saúde. Também conhecido como Medical Valley, foi criado em 2008 e ultrapassa atualmente a marca de 500 empresas instaladas, entre companhias de grande porte e startups, além de 16 universidades e mais de 40 instituições de saúde. “Trata-se de um cluster voltado para elaboração de projetos, que vão desde diagnósticos por imagem 3D, sensores de saúde inteligentes, sistemas de tratamento e soluções em oftalmologia. Além de auxiliar a medicina na criação de tecnologias, o Medical Valley colabora no desenvolvimento de talentos e econômico da região da Bavária, no sudeste alemão”, explica Professor Tobias.

Boston, nos EUA, e Xanguai, na China, também irão receber novas sedes do ZiMT. Com isso, é possível criar também uma rede de colaboração internacional entre as quatro unidades para o compartilhamento e desenvolvimento de pesquisas e tecnologias. Governador José Ivo Sartori avalia a iniciativa como uma grande oportunidade de progresso tanto para saúde, quanto para política macroeconômica da região. “Ao mesmo tempo em que pode-se ajudar o nosso médico criando soluções tecnológicas à sua necessidade profissional, há a chance de impulsionar novas empresas, talentos locais e a arrecadação de nosso Estado. É um avanço significativo”. No dia 25/5, Sartori estará na cidade alemã de Erlagen para conhecer de perto o ZiMT e um acordo de colaboração poderá ser assinado nos próximos meses.

Também estavam presentes no encontro o vice-governador, José Paulo Cairoli, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, a presidente e o diretor do Badesul, Susana Kakuta e Mano Changes, a executiva do Parque Tecnológico TECNOSINOS, Sandra Schafer, a presidente da Feira Hospitalar, Dra. Valeska Santos, e o diretor de Desenvolvimento e Inovação do Sistema de Saúde Mãe de Deus, Dr. Fábio Gastal.

Geração de recursos para RS

Se reunidos os principais hospitais gaúchos, cerca de 1 a 2 bilhões de reais são investidos anualmente na compra de tecnologias e insumos médico-hospitalares. Conforme comentado na reunião, trata-se de um valor que acaba saindo do RS, pois os principais fornecedores encontram-se fora do Estado e/ou do Brasil. No entanto, se houvesse na região um polo ou parque tecnológico/industrial específico de desenvolvimento de soluções em saúde, grande parte desse valor ou até mesmo todo ele poderia ficar aqui.

Para formatação desse complexo tecnológico, o Estado já dispõe de know-how e diferentes recursos de ponta na área da saúde, empresarias e acadêmicos, os quais destacam-se entre os melhores do país. Exemplos: 14 centros/polos tecnológicos; grandes hospitais públicos e privados referências em pesquisas e ensino; universidades como Unisinos, PUC, UFRGS, UFPEL, UFSM e outras; grandes companhias de tecnologia já instaladas, como Dell e Hyundai; um APL-Saúde (Arranjo Produtivo Local Especializado em Saúde) na cidade de Pelotas com empresas relevantes como Freedom, Lifemed, etc;

A partir deste cenário, o diretor de Desenvolvimento e Inovação do Sistema de Saúde Mãe de Deus, Dr. Fábio Gastal, propõe pensar a saúde como estratégia de desenvolvimento econômico para o Estado, e não apenas como política social e prestação de serviço. Segundo ele, além de gerar os insumos tecnológicos que os hospitais e outras instituições da área necessitam, a criação desse polo pode gerar renda e empregos para o RS. O Estado dispõe de uma infraestrutura industrial relevante nas áreas de automação, microeletrônica, informática que permitem pensar nesta evolução para focar a saúde como um novo nicho. Essa “indústria do conhecimento”, como chama, também estimula o empreendedorismo e atrai a atenção de investidores internacionais.


Autor: Tiago Ritter
Fonte: Moglia
Autor da Foto: Karine Viana

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