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Estado monitora mortes por meningite
 
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20/05/2015

Estado monitora mortes por meningite

Vacina contra uma das bactérias mais perigosas acaba de chegar a clínicas privadas, mas o preço é salgado

A morte de um jovem de 18 anos, em Porto Alegre, elevou para cinco o número de óbitos por doença meningocócica confirmados no Rio Grande do Sul em 2015. Em todo o ano passado, foram 10 vítimas. Apesar do alarme na sociedade e da corrida a serviços de vacinação, as autoridades de saúde afirmam que o quadro está longe de configurar um surto – um dos critérios seria haver mais de 10 casos por 100 mil habitantes (em uma cidade como Porto Alegre, isso significaria ter 140 doentes).

A vítima mais recente morreu em 8 de maio, na zona sul da Capital. Os exames laboratoriais não permitiram determinar de que grupo era a bactéria causadora. Neste ano, já haviam ocorrido dois óbitos em Viamão, um em Santo Antônio da Patrulha e outro em Sapiranga. São 22 casos da doença até agora, contra 19 no mesmo período do ano passado. O pico de incidência costuma ser durante o inverno, entre julho e setembro.

– Não há surto, mas um comportamento que requer atenção. Não dá para prever o que teremos. Fazemos o monitoramento para basear as políticas públicas – afirma Leticia Garay Martins, da divisão de vigilância epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde.

A bactéria que causa a meningite meningocócica (existe também a forma viral, de menor gravidade) tem diversos sorogrupos. Os mais comuns são A, B, C, Y e W. Até 2012, predominava no Rio Grande do Sul o grupo B. A partir de então, houve uma virada, com predominância do C, como já ocorria no restante do país. Apenas a vacina para este grupo, o que circula mais no Brasil, está disponível nos postos de saúde. Oferecida desde 2010, a imunização deve ser tomada aos três meses, aos cinco meses e aos 15 meses de idade.

Como estão sendo protegidas contra a bactéria do sorogrupo C, as crianças têm sofrido mais com o grupo B, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde. Já entre os adultos, não imunizados, o problema tem sido o grupo C.

Imunização contra tipo B sai caro em clínicas

Essa situação movimenta as clínicas particulares, que já contavam com uma vacina tetravalente (para os grupos A, C, Y e W), e passaram a receber nos últimos dias também a imunização para o tipo B, recém desenvolvida e lançada no mercado internacional. O problema para o

usuário são os custos. A tetravalente sai por R$ 270. A vacina para o sorogrupo B deve ser tomada em duas doses – e cada uma delas custa cerca de R$ 550.

– Qualquer um desses tipos (de meningite) causa doenças graves, e há apelo social quando se fala nisso. Há vacina que pode proteger de uma doença com letalidade alta, por que não vacinar se há imunização segura e eficaz? – avalia Juarez Cunha, membro do Comitê de Infectologia da Sociedade de Pediatria do RS.

Por enquanto, não há perspectiva de que o Ministério da Saúde altere a política de vacinação na rede pública. Como a vacina para o sorogrupo C perde eficácia com o passar dos anos, alguns países deixam a última dose para a adolescência.

– De repente, vai ter de se pensar em uma dose de reforço com adolescentes – afirma Leticia.

A incorporação de outras vacinas ainda dependerá de avaliações.

– São decisões do ministério, em cima dos estudos epidemiológicos. A vacina do tipo B recém entrou no mercado. Ainda é preciso ver quem vai se beneficiar. Para entrar no calendário de vacinação, não é tão simples. É preciso avaliar o impacto. Mas do ponto de vista da saúde individual, é bem útil. No entanto, é preciso ter orientação de um médico, para saber se pode trazer benefício – afirma Maria de Fátima de Bem, coordenadora da vigilância das meningites em Porto Alegre.

Na Capital, a preocupação cresce com a aproximação dos meses frios. Maria de Fátima observa que a meningite tem um comportamento sazonal, com incidência maior quando as pessoas permanecem por tempo prolongado em ambientes fechados:

– A bactéria se aproveita das grandes concentrações. Estima-se que de 10% a 15% das pessoas são portadoras, sem adoecer. A transmissão ocorre pelo contato com as secreções.


Autor: Redação
Fonte: Zero Hora

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