Luana de Jesus Silva Ferreira, 22 anos, é uma das usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) que se diz satisfeita com o serviço que utiliza. Desde que ficou grávida, ela recebe atendimento do Posto 7 (Unidade Básica de Saúde), perto de casa. Lá ela fez o pré-natal e hoje em dia leva o filho, Pedro, para as consultas de rotina, quando é verificado peso e altura, o desenvolvimento cognitivo do bebê para tomar vacinas.
“Não tenho a dizer contra, sempre sou bem atendida”, elogia.
O parto, também na rede pública, foi outra boa experiência com o SUS. Pedro nasceu na Casa de Parto São Sebastião, referência no Distrito Federal. “Foi muito diferente do que se eu tivesse tido em um hospital. Sei por que minha irmã teve (filho) em um”, avalia. “Tive na banheira e contei com toda a assistência”, conclui.
Na primeira semana de junho, o Ministério da Saúde (MS) divulgou dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A sondagem constatou que a maioria dos brasileiros utiliza a rede pública de saúde: 71,1% da população. A principal porta de entrega é a Unidade Básica de Saúde (UBS), com 47,9%. No ano passado, foram feitas 1,4 bilhão de consultas médicas e 4,1 bilhões de tratamentos ambulatoriais (procedimentos simples feitos nas UBSs) e 11,5 milhões de internações.
A PNS revelou também a satisfação da população atendida pela rede pública de saúde na área de internação. Entre os pontos apresentados, 82,6% das pessoas que se internaram nos 12 meses anteriores ao levantamento consideraram o atendimento recebido nos hospitais do SUS como bom ou muito bom. Da mesma forma, 80,4% dos que tiveram atendimento de urgência em domicílio avaliaram o service como bom ou muito bom.
Das pessoas que ficaram internadas em hospitais por 24 horas ou mais, 65,7% (8,0 milhões) tiveram esse atendimento por meio do SUS. As maiores proporções foram registradas nas regiões Nordeste e Norte: 76,5% e 73,9%, respectivamente.
Satisfação em ajudar
“Para mim, como profissional, é muito bom ver a satisfação dos pacientes que veem aqui, por poder ver que as solicitações deles foram atendidas (…) e assim promover um pouco mais de saúde para eles”, relatou com exclusividade ao Portal Brasil Jaqueline Barbosa, técnica de enfermagem do Posto de Saúde 12, no DF.
Aflita com a condição de saúde de sua sobrinha, a diarista Maria do Nascimento, 39 anos, se disse satisfeita em poder concluir todos os exames de Joyce Oliveira no Posto de Saúde 12. A jovem de 17 anos sentia dores no estômago e apresentou desmaios nos últimos meses. “Aqui a gente conseguiu rápido. De manhã, ela consultou e agora estamos aguardando o resultado”, comemorou. “A gente vai voltar com ela. Agora estou mais tranquila”.