O diretor da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Dirceu Barbano, afirmou que a série de exigências que o órgão vem implantando e as revisões de normativas que vêm ocorrendo têm o objetivo de compatibilizar o rigor de uma fiscalização precisa e rigorosa com a necessidade do desenvolvimento da indústria nacional da saúde no momento. Ele participou no início da tarde da última sexta-feira (28) do BioPh – Biosolutions for Pharma, um dos eventos que compôs a 2ª edição da CPhl South America, a maior e mais importante feira internacional de ingredientes para indústria farmacêutica, que se encerrou hoje no Transamérica Expo Center, em São Paulo.

Barbano elogiou a realização da CPhl no Brasil. “Nenhum país do mundo promove desenvolvimento sem que os setores produtivos tenham acesso a inovação e conhecimento. No caso da indústria farmacêutica, o mercado de insumos está relacionado com a possibilidade do setor avançar ou não. Mostrar novidades e facilitar o acesso a informações estratégicas sempre serão um sucesso”, destacou. E completa: “o interesse da ANVISA é cooperar para a consolidação de um complexo industrial da saúde sólido”.

Na palestra, o diretor da ANVISA abordou, principalmente, a série de revisões pelo qual as normativas que regem o setor biofarmacológico vem sofrendo. A intenção é adequar a realidade nacional aos critérios aceitos internacionalmente, com o objetivo de fortalecer a competitividade da produção brasileira. “Temos que ter normativas que mantenham o rigor da qualidade, mas que sejam compatíveis com as necessidades trazidas pelas evoluções tecnológicas. Queremos continuar dando respostas precisas e rigorosas, mas sem conflito, em um ambiente de cooperação com o interesse das indústrias no momento”.

Negócios

Aproveitando o momento propício proporcionado pela CPhl South America, instituições como a Fundação Biominas, que se dedica à criação e ao desenvolvimento de empresas de biociências no Brasil, também querem colaborar para a formação de um parque industrial de saúde no país. “Foi muito proveitoso para nós participar da feira. Estamos com boas perspectivas de negócios com empresas da China, Coréia e Índia”, disse Ana Paula Esteves, que esteve no evento representando a instituição.

Mesmo pensamento tem Carlos Gomes, da Fairport, do segmento de equipamentos para indústria de biofármacos: “os visitantes são de qualidade e o retorno foi bom. Se os negócios que começamos aqui derem frutos, a expectativa será superada”.