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07/09/2009

Gripe H1N1

Estoque de Tamiflu do Brasil não atende recomendação da OMS, diz fabricante do remédio

Em situações de pandemia como a da gripe suína, ou influenza A (H1N1), a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que um país tenha medicamento suficiente para tratar pelo menos 25% da população. No Brasil, porém, os estoques disponíveis até agora dariam para suprir apenas 5% dos brasileiros. A informação foi divulgada pela fabricante do antigripal Tamiflu (oseltamivir), a Roche, em uma conferência internacional organizada pela empresa nesta segunda-feira (7) na Basileia, na Suíça, onde fica a sede do laboratório.

A empresa recebeu até agora um pedido do Ministério da Saúde para entregar 9 milhões de tratamentos até maio de 2010. Só depois disso é que os estoques das farmácias serão repostos para venda regular. Isso significa que, para os brasileiros, ainda é distante a possibilidade de adquirir o remédio nas drogarias com uma receita do médico.

Até o ultimo mês, 800 mil tratamentos foram distribuídos no Brasil. Segundo o Ministério, não há proibição da venda do medicamento nas farmácias. "O único laboratório fabricante do remédio deu prioridade total aos pedidos de compra", informa a pasta em seu site, "medida necessária para que o governo federal cumpra a missão de oferecer o medicamento gratuitamente a população".

O Reino Unido é a região onde está o maior estoque do remédio, uma quantidade que daria para tratar mais de 80% da população. Em seguida estão França, Austrália, Áustria e Japão, respectivamente. Países como Malásia e Coreia do Sul já apresentam uma capacidade para tratar a população proporcionalmente maior que o Brasil - esses países têm tratamento suficiente para 10% dos habitantes.

"A OMS diz que o estoque deve ser de aproximadamente 25%, mas cada país decide quanto comprar. Não cabe a nós dizer se a conduta de determinado governo está correta ou não", comentou David Reddy, líder do grupo de trabalho global da Roche contra a pandemia de gripe, após o evento.

Em relação a uma possível parceria para produção do Tamiflu no Brasil, como já foi feito com China, Índia e África do Sul, Reddy limitou-se a afirmar que a possibilidade existe. A patente do medicamento expira em 2016.

O Tamiflu é atualmente o quarto medicamento que traz mais dinheiro para a companhia. Segundo os resultados do primeiro semestre deste ano, as vendas do produto triplicaram no período em relação ao ano anterior, gerando uma receita de 1 bilhão de francos suíços (equivalente a R$ 1,7 bilhão).

Devido a pandemia, a companhia anunciou que vai aumentar sua capacidade de produção para 400 milhões tratamentos por ano já no início de 2010. Até agora, 96 governos receberam um total de 270 milhões de tratamentos.

O balanço mais recente da OMS mostra que a doença já atingiu 254.206 pessoas no mundo e causou a morte de 2.837. No Brasil, a gripe causou pelo menos 657 mortes até semana passada. A taxa de mortalidade no país é a sexta maior do mundo - 0,34 a cada 100 mil habitantes -, segundo o Ministério da Saúde.

Resistência

De acordo com a Roche, até agora foram registrados apenas 13 casos de gripe suína resistente ao Tamiflu, o que é considerado um percentual pequeno e condizente com o que apontam os estudos clínicos. "São casos isolados e nada sugere que irão se tornar mais comuns", disse Reddy.

A alternativa, em caso de resistência, seria o Relenza (zanamivir), remédio que não é vendido no Brasil, embora tenha o registro no Ministério da Saúde.  


Autor: Tatiana Pronin
Fonte: UOL Ciência e Saúde

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