O autorrelato de uma qualidade de sono ruim está associado à redução da qualidade de vida, mesmo quando a polissonografia não reflete problemas, pesquisadores relatam na edição de Sleep.
"Os resultados do estudo," a pesquisadora principal Dra. Graciela E. Silva disse à Reuters Health, "mostraram que alterações na qualidade do sono tinham um impacto importante na qualidade de vida. A qualidade do sono subjetivo foi associada a uma pior qualidade de vida".
Dra. Silva, da Universidade Estadual do Arizona, Phoenix e colaboradores estudaram os dados de 3.078 pacientes com doença coronariana ou doença respiratória que realizaram uma polissonografia no início do estudo e outra aproximadamente cinco anos depois.
Durante este período, houve apenas um aumento discreto nos distúrbios respiratórios do sono. A média do índice de distúrbios respiratórios aumentou de 8,1 para 10,9.
No entanto, disse Dra. Silva, "Os indivíduos que relataram ter dificuldade para iniciar e manter o sono... e aqueles que relataram ficar excessivamente sonolentos durante o dia tinham uma qualidade de vida inferior em comparação aos indivíduos que não relataram ter estes sintomas."
"Curiosamente", ela acrescentou, "quando avaliamos o sono dos indivíduos por polissonografia - sono objetivo - não encontramos esta associação, indicando a importância da percepção do sono."
"Muitos pacientes que sofrem de doenças como doenças coronárias, doenças respiratórias, artrite e outras", ela concluiu, "experimentarão uma má qualidade de sono e, portanto, tratar adequadamente a doença do indivíduo com tratamento adicional para melhorar sua qualidade do sono irá, em última análise, melhorar sua qualidade de vida".