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DF tem falta de remédio para déficit de atenção e hiperatividade há 4 meses
 
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17/07/2015

DF tem falta de remédio para déficit de atenção e hiperatividade há 4 meses

Custo de uma caixa de 20 pílulas da menor dosagem de Ritalina é R$ 20

Usados no tratamento de crianças e jovens com hiperatividade ou déficit de atenção, os comprimidos com a menor dosagem do medicamento Ritalina estão em falta na rede pública do Distrito Federal há quatro meses. A Secretaria de Saúde afirmou que desde então abriu processo de compra do remédio, mas que ainda não há previsão para reabastecer o estoque. A pasta não soube informar o número de pacientes prejudicados. O custo de uma caixa com 20 pílulas é de cerca de R$ 20.

Preferindo não se identificar, uma professora afirmou ao G1 que precisa da medicação diariamente desde agosto. A mulher, que mora no Núcleo Bandeirante e buscava as caixas na Asa Sul, afirma que já teve de se deslocar até o Gama porque não encontrou a Ritalina de 10 mg no local.

Ela conta que já em novembro encontrava dificuldades para garantir o remédio e que, sem respostas nos postos de saúde, passou a gastar R$ 55 por mês para manter o tratamento. "Tenho uma receita vencida [de junho, com a qual] que não consegui pegar [a Ritalina]", disse. "Eles alegam não ter a medicação e que não há previsão."

A professora também afirmou que já passou cinco dias sem a terapia porque não tinha dinheiro para custeá-la. "Inclusive me preocupa o fato de os meus alunos também estarem sem a medicação", completou.

A Ritalina atua no cérebro de forma a estimular partes que estão pouco ativas e elevar o nível de alerta. Com isso, os pacientes conseguem se concentrar, ficar mais atentos, agirem de forma menos impulsiva e melhorarem a coordenação motora.

De acordo com a Secretaria de Saúde, há remédios similares disponíveis na rede. "No entanto, os pacientes que fazem o uso do Ritalina e optarem por utilizar outra alternativa terapêutica devem solicitar ao médico, que avaliará o caso. Por este motivo, não há como especificar um nome de medicamento substituto", declarou.

Ao todo, a rede pública do DF tem estoques zerados de 70 medicamentos. Na lista constam também antibióticos usados no tratamento contra sífilis, toxoplasmose, tétano, meningite e inflamações no coração.

Dados da secretaria mostram que, entre 1º de janeiro e 10 de julho, o governo havia recebido 332 ações judiciais determinando o fornecimento de remédios. Levantamento mostra que os gastos da pasta neste ano com a compra de medicação contaram com menos recursos do que manutenção das unidades de saúde. A diferença foi de R$ 92 milhões.

O presidente da Comissão de Bioética da OAB, Felipe Bayma, disse ao G1 ter levantado uma série de deficiências na área de saúde. Para tentar contornar o problema, cinco advogados acompanham as atividades da Secretaria de Saúde desde que o DF divulgou o plano de ação para combater a proliferação de superbactérias – que tem como pilares o fornecimento de remédios, reforço na higiene e incorporação de farmacêuticos às equipes.

"Foi pactuada uma parceria entre OAB e Secretaria de Saúde, vamos participar efetivamente para tentar agregar alguns valores e criar soluções viáveis. [Já sabemos que] A prioridade dos gastos às vezes é um tanto equivocado. Os materiais comprados pela Secretaria de Saúde são deficientes, e isso eles assumem no próprio documento. Falta de treinamento, falta de melhor gestão dentro dos hospitais; são várias deficiências, são inúmeras as deficiências", afirmou.

Outros problemas, segundo ele, estão relacionados à falta de leitos e à falta de profissionais. Para Bayma, as dificuldades são reflexo do rombo deixado pela gestão anterior – a Secretaria de Saúde calcula déficit de R$ 720 milhões em relação a 2014.


Autor: Raquel Morais
Fonte: G1

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