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Cardiologia do Hospital Mãe de Deus ganha nova estrutura
 
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12/08/2015

Cardiologia do Hospital Mãe de Deus ganha nova estrutura

Divido em três etapas, processo de atendimento segue padrões do Colégio Americano de Cardiologia

As cardiopatias seguem como a principal causa de morte entre os gaúchos. Em resposta a este quadro, o Instituto de Doenças Cardiovasculares do Hospital Mãe de Deus inaugurou na última segunda-feira (10/8) sua nova estrutura assistencial que visa o pronto-atendimento, assistência médica especializada e reabilitação, envolvendo uma equipe multiprofissional. Inspirado em preceitos de organizações como o Colégio Americano de Cardiologia, o centro reúne expertise multidisciplinar e alta capacidade em diagnóstico e tratamento. O Centro passará a ter leitos dedicados para o especialidade e priorizará o foco no paciente através do Programa de Assistência Gerenciada. A iniciativa possibilita o atendimento específico para cada tipo de doença cardiovascular sob a supervisão de um profissional responsável, culminando em maior segurança e sucesso dos tratamentos.

O Centro prevê um roteiro assistencial formado por três diferentes áreas com funcionamento 24 horas, capaz de atender todos os tipos de patologias cardiovasculares. Conforme a política de humanização do HMD, a família terá acesso às informações do paciente durante todo o circuito na nova estrutura. O processo tem início logo na chegada do paciente ao hospital, quando são reconhecidos rapidamente os sinais de doenças associadas, como infarto do miocardio, aneurismas da aorta, arritmias. Com isso, ocorre o encaminhamento à Emergência Cardiológica, localizada junto à emergência do hospital, primeiro estágio do centro, onde serão realizados o diagnóstico preciso, estabilização do quadro e a avaliação da necessidade de intervenção. Esta etapa visa diminuir o tempo de atendimento ao paciente, pois quanto maior é a espera, maior é a possibilidade de danos ao coração. “Em casos de infarto, por exemplo, a Sociedade Brasileira de Cardiologia prevê em suas diretrizes que o período entre o reconhecimento do quadro e a realização de uma angioplastia primária (intervenção via cateter) não deve passar de 90 minutos”, destaca o gestor do Instituto de Doenças Cardiovasculares do Hospital Mãe de Deus e um dos idealizadores do projeto, Dr. Euler Manenti.

O Instituto de Doenças Cardiovasculares do HMD conta com todos os recursos de diagnóstico de ponta, desde um simples eletrocardiograma, até Hemodinâmica, PET CT, Ressonância Nuclear Magnética Cardíaca e Angiotomografia. O cardiologista Dr. Alcides Zago, gestor do Centro de Terapia Endovascular do HMD, ressalta que o maior diferencial entre os equipamentos à disposição da nova estrutura é o Aparelho de Tomografia Endovascular (OCT), que possibilita a visualização de lesões dentro das artérias coronárias. “O recurso nos permite confirmar a correta acomodação do stent (prótese) na parede do vaso, evitando assim complicações futuras”.

Haverá, ainda, a conectividade com a Sala Híbrida, uma das poucas instaladas no país e que permite a realização simultânea de diferentes intervenções cirúrgicas. A moderna sala possui condições para, entre outras ações de alta complexidade, implante de válvula aórtica, tratamento percutâneo dos aneurismas da aorta e o tratamento de doenças cardíacas estruturais por cateter. “Essa capacidade para atender a casos mais complexos, tendo os recursos de um hospital geral e profissionais devidamente capacitados, nos posiciona como referência na cardiologia nacional, equiparando a outros grandes centros do Brasil e do mundo”, avalia o chefe do Serviço de Cirurgia Cardiovascular e Centro da Aorta do Hospital Mãe de Deus, Dr. Eduardo Saadi.

O segundo estágio da nova estrutura é a Unidade de Tratamento Intensivo Cardiológica, onde ocorre o monitoramento constante dos sinais cardíacos, pressão e respiração. E no quinto andar do hospital está instalada a terceira e última etapa do centro, a Unidade de Reabilitação. Neste local, a equipe multidisciplinar formada por psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e enfermeiros, sob o comando de um médico cardiologista, atuará para reabilitar as capacidades prejudicadas pela cardiopatia. Este formato colabora para maior segurança contra infecções e o rápido progresso do tratamento, reduzindo assim o tempo de internação.

De acordo com Dr. Euler Manenti, o lançamento deste novo centro é fruto da reestruturação da linha assistencial da Cardiologia do Hospital Mãe de Deus. “Faz parte de um processo de crescimento. Como os casos de doenças cardíacas vêm aumentando constantemente, identificamos a necessidade de atender com presteza e com uma equipe multiprofissional especializada na área. Equipe essa que atua no hospital há mais de 13 anos”. O treinamento destes profissionais ocorreu dentro do TOP Cardio, grupo multiprofissional que realiza encontros semanais para o planejamento de melhorias contínuas da assistência. O programa de capacitação é inspirado em uma iniciativa semelhante do Colégio Americano de Cardiologia, chamado GAP, que visa diminuir o espaço entre o conhecimento técnico e a prática cardiológica.

Programa de Assistência Gerenciada

Os processos que integram essa reestruturação da Cardiologia do HMD foram desenhados com o foco no paciente. O planejamento responde ao Programa de Assistência Gerenciada, iniciativa que consiste na divisão das linhas de cuidado, com métodos específicos de atendimento para cada tipo de doença cardiovascular. Trata-se de um modelo reconhecido internacionalmente, aplicado nos EUA e em outros diversos países. Todas as unidades e setores da estrutura são interligados através de um profissional que realiza a supervisão contínua do paciente ao longo de cada etapa do processo, desde sua entrada na Emergência Cardiológica até a saída da Unidade de Reabilitação. “Este modelo de gerenciamento aumenta a segurança do paciente, diminui o tempo de permanência no hospital, além de proporcionar atenção especial ao paciente e seus familiares. Tudo planejado dentro da política de humanização do HMD”, explica Enfermeira Fernanda Guimarães.

A assistência ao cardiopata não ficará resumida somente na internação. A família será envolvida durante o atendimento para receber informações sobre o processo após a alta. Haverá ainda iniciativas pós hospitalares, como o encaminhamento de fumantes para tratamento antitabagismo, programa de exercícios físicos e controle de peso e colesterol. “Nosso compromisso ultrapassa a questão do atendimento ao cardiopata dentro do hospital. Ao mesmo tempo em que elevamos a excelência de nossa estrutura e equipe, temos o dever de gerar oportunidades de conscientização ao nosso público a fim de estimular hábitos saudáveis e melhor qualidade de vida”, explica Dr. Euler Manenti.


Autor: Tiago Ritter
Fonte: Moglia

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