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Saúde da Família tem metade da equipe mínima necessária em Santa Maria
 
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20/08/2015

Saúde da Família tem metade da equipe mínima necessária em Santa Maria

Cidade conta com 156 profissionais nas 16 equipes dos ESFs

Santa Maria precisa ter, no mínimo, praticamente o dobro de profissionais da área da saúde atuando na rede básica do que tem hoje. A cidade conta, atualmente, com 156 profissionais espalhados em 16 equipes de Estratégia Saúde da Família.

O número para o serviço funcionar com o mínimo de pessoas em cada equipe seria de 308 funcionários. Isso se o município tivesse as 44 equipes necessárias para atender a população, com sete pessoas em cada uma delas (1 médico, um técnico em enfermagem, um enfermeiro e quatro agentes comunitários de saúde).

Segundo o portal da transparência do município, há hoje 304 vagas criadas em Santa Maria e 148 delas não estão preenchidas. Os dados são de maio de 2015. E foi justamente em função do baixo número de equipes (e de profissionais) dos ESFs que, no final de julho, o Ministério Público ajuizou uma ação contra a prefeitura que, agora, tem 60 dias para explicar porque tem 16 grupos trabalhando no programa e não 44, o número previsto em 2004, quando as ESFs foram implantadas.

Na época, a ideia era que o número de equipes aumentasse gradativamente, o que acabou não acontecendo. Há 11 anos o número de grupos se mantém, mas o número de funcionários diminuiu. Para essas 16 equipes (quase um terço do mínimo de 44 equipes necessárias par atender a população), faltariam 132 agentes comunitários de saúde, três enfermeiros, dois técnicos em enfermagem e 11 médicos. Isso para preencher as vagas que já existem.

O ESF do Alto da Boa Vista, na Nova Santa Marta, é um dos locais onde a equipe já é bem reduzida. Para dar conta de mais de 10 mil pessoas, seria preciso pelo menos seis agentes comunitários. Hoje, são duas. Uma delas é Maria Claudete Ribeiro Xavier, que trabalha no local desde que o ESF foi implantado. Ela cuida de mais de 200 famílias, fazendo um trabalho de prevenção e orientação de doenças como a diabetes, hipertensão, saúde da mulher e também para crianças, especialmente as menores de 2 anos. Ontem, em uma das famílias que visitou, soube que estava tudo bem com a dona de casa Eva Marlise corrêa Gomes, 59 anos, que trata a hipertensão e a diabetes. Mas alertou para que a dona de casa fizesse um exame atrasado logo.

A prefeitura corre contra o tempo para aumentar o número de equipes e funcionários. A superintendente de Atenção Básica, Suzana Lopes, explica que há seis equipes que já atuam na saúde preventiva, mas não entram na conta porque ainda aguardam liberação do Ministério da Saúde para serem habilitadas e se tornarem oficiais. Além dessas seis novas equipes, um concurso público está sendo organizado para nomeação de novos profissionais para suprir a demanda de saúde preventiva na cidade:

– O grande desafio é o planejamento para conseguir fazer o que precisa ser feito, sempre dentro de limitações. Uma das dificuldades em ter as 44 equipes, por exemplo, é a Lei de Responsabilidade Fiscal. O teto para pagamento de servidores está quase no limite.

 

Na Lorenzi, trabalho é conjunto

Na Vila Lorenzi, uma nova maneira de atender a população foi colocada em prática. A equipe da ESF atua no mesmo espaço físico da unidade básica de saúde Oneyde de Carvalho. Cada equipe tem foco em sua função, mas tarefas e profissionais são otimizados. Mas junção das duas equipes em um só lugar deve durar, no máximo, um ano. Esta foi uma das condições do Conselho Municipal de Saúde, para aprovar a proposta.

A secretária adjunta de saúde, Solange Capaverde, explica que o que acontece na Lorenzi é um “projeto piloto” e que tem trazido bons resultados. Os profissionais também percebem as melhorias:

– É uma mudança junto com a comunidade e que ajuda na cobertura do atendimento a todos – explica a enfermeira Andressa Guimarães Machado.

 

Na Urlândia, equipe reestruturada

As duas equipes da ESF da Urlândia, na região Sul de Santa Maria, foram recentemente estruturadas. Conforme superintendente de Atenção Básica, Suzana Lopes, após a morte de uma mulher que fazia o tratamento no local, funcionários ficaram abalados. Hoje, as equipes contam com dois médicos, dois enfermeiros, dois técnicos em enfermagem, um dentista, um auxiliar de consultório e nove agentes comunitários:

– A Urlândia estava fragilizada, tinha uma pressão da comunidade. A equipe toda mudou, e a unidade está se estruturando. Hoje, a secretaria tem planos de construir uma outra unidade lá.

Em junho, quando caminhava em direção à unidade, a dona de casa Terezinha Laudelina Ribeiro da Silva, 56 anos, morreu. Na época, os familiares disseram que era a segunda vez que ela ia na unidade, no mesmo dia. A dona de casa, que fazia tratamento para problemas cardíacos, teria procurado atendimento no mesmo dia, pela manhã. A Polícia Civil investiga se houve negligência.

Nesta terça-feira, a equipe do “Diário” foi até o local, mas a secretaria de Saúde não permitiu que a reportagem conversasse com integrantes da equipe. Segundo Suzana, é um grupo que precisa ser preservado por causa da situação. 


Autor: Redação
Fonte: Zero Hora
Autor da Foto: Ronald Mendes

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