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50% dos atendimentos via SUS deixam de ser feitos no Husm
 
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09/09/2015

50% dos atendimentos via SUS deixam de ser feitos no Husm

Motivos são a ausência do paciente em consultas marcadas e não agendamento das consultas por parte de postos de saúde

Dados da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS), compilados entre abril e julho deste ano, apontam que metade dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS) deixaram de ser feitos no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). Isso, devido a dois motivos: ausência do paciente em consultas marcadas e não preenchimento das vagas ofertadas por pacientes devido ao não agendamento (veja os dados abaixo). As informações são da Rádio Gaúcha SM.

O percentual de ausência em primeiras consultas varia de 27% a 30%. De vagas não preenchidas devido ao não agendamento, varia de 18% a 23%. Se o número de consultas não preenchidas for somado com o de pacientes que faltam, se chega ao resultado de que metade dos atendimentos disponíveis via SUS deixam de ser feitos.

Em julho, havia 2.212 vagas. 518 não foram agendadas e 524 faltaram a primeira consulta. A soma chega a 1.170, ou seja, mais de mil pessoas deixaram de ser atendidas. E há demanda. Conforme dados da Associação dos Municípios da Região Centro (AMCentro), cerca de 33 mil pacientes aguardam na fila do SUS.

De acordo com a superintendente do Husm, Elaine Resener, as pessoas precisam ter consciência de que perdem a porta de entrada não comparecendo às primeiras consultas.

_ Depois que elas entram, podem fazer exames, são encaminhadas até cirurgia. A porta de entrada é o momento mais importante _ , diz.

Ainda, não é possível substituir o faltante rapidamente, pois o processo é burocrático. Se o paciente faltar, a vaga deixa de ser preenchida.

Há outro problema. As secretarias de saúde não preenchem todos os horários oferecidos pelo hospital. De acordo com a secretária de Saúde de Santa Maria, Vania Olivo, é preciso melhorar a gestão.

_ Não é para deixar para última hora e é preciso manter o cadastro em dia.

Isso, pois como as consultas são marcadas por meio de postos de saúde, é responsabilidade do posto avisar que o paciente conseguiu a vaga. Em um posto da Vila Kennedy, na Zona Norte de Santa Maria, são oferecidas 240 consultas por mês. Os pacientes são avisados pelo telefone. Em média, 96 não aparecem para buscar a autorização que possibilita a consulta. Dos que buscam, 48 vão ao hospital – 20% do número de vagas disponíveis.

_ A gente liga, avisa, três, quatro vezes. Demora para conseguir a consulta. A pessoa não atende ou arruma justificativa _ , diz a coordenadora Luciana Fonseca.

_ O paciente precisa ter a consciência de que não deve perder a oportunidade. Também, de não tirar a oportunidade de outro _ , afirma a superintendente do Husm, Elaine Resener.

Uma comissão foi criada para tentar resolver os problemas. Se a situação persistir, é possível que o hospital deixe de receber o montante de recursos que recebe atualmente, afinal, atende menos do que deveria diante do orçamento previsto.

Os dados (em vagas)

Abril

- Ofertadas: 1962
- Não agendadas: 350
- Faltaram: 484
- Preenchidas: 1128

Maio

- Ofertadas: 2023
- Não agendadas: 378
- Faltaram: 447
- Preenchidas: 1198

Junho

- Ofertadas: 2139
- Não agendadas: 419
- Faltaram: 513
- Preenchidas: 1207

Julho

- Ofertadas: 2212
- Não agendadas: 518
- Faltaram: 524
- Preenchidas: 1170 


Autor: Redação
Fonte: Zero Hora
Autor da Foto: Jean Pimentel

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