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Ministro da Saúde afirma que medo é responsável por baixa procura da vacina contra HPV
 
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14/09/2015

Ministro da Saúde afirma que medo é responsável por baixa procura da vacina contra HPV

Foi comprovado que caso das meninas que ficaram paralisadas não estava relacionado à vacina

A busca pela vacina contra o HPV teve queda significativa em 2015. No ano passado, quando começou a imunização contra o vírus, a adesão à primeira dose foi total. Neste ano, somente 51% do púbico alvo foi alcançado. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, creditou a baixa procura pela primeira dose da vacinação contra o HPV ao medo, na última quinta-feira (10). No final de 2014, algumas meninas ficaram com as pernas paralisadas, em Bertioga, São Paulo.

Segundo o ministro, uma equipe de médicos de diferentes especializadas acompanhou o caso e ficou comprovado que as meninas tiveram estresse pós-vacinação, conhecido como tensão coletiva. Chioro ainda disse que a vacina é comprovadamente segura e é licenciada desde 2006. Segundo ele, mais de 200 milhões de doses já foram aplicadas no mundo inteiro.

— É muito importante trabalhar a informação correta. Reações adversas como desmaios são normais. Não podemos fazer alarde com essas situações. Em qualquer tipo de vacina é normal que o estresse cause alguma reação adversa.

Outro fator que Chioro citou como provável causa da queda na cobertura foi a não mobilização de escolas na campanha de 2015.

— Uma criança entre 9 e 13 anos dificilmente vai ao posto de saúde sozinha. A estratégia recomenda o envolvimento das secretarias municipais e estaduais, para que as escolas voltem a participar da campanha, e assim, possamos atingir um número maior de meninas. Recomendamos aos municípios que façam parcerias com escolas públicas e privadas para realizar a vacinação no ambiente escolar.

O medo de a vacina estimular o início da vida sexual também não é motivo para não buscar a imunização, explica Chioro.

— Essa tendência de que a vacina liberaria para a pratica sexual não tem sentido. A vacinação não é incentivo para começar a atividade sexual. A escolha do inicio da sexualidade é uma coisa mais pessoal, da família. Essa faixa etária é importante pq a menina ainda não entrou em contato com o vírus.

A vacina contra HPV está disponível nas 36 mil salas de vacinação espalhadas pelo país durante o ano inteiro. As vacinas tanto da primeira como a segunda dose estão disponíveis nos postos de saúde do País para durante todo o ano para meninas entre 9 e 13 anos. O esquema padrão é de três doses. A segunda deve ser tomada seis meses após a primeira e a terceira depois de 60 meses. Além delas, podem receber gratuitamente todas as mulheres que tenham HIV entre 9 e 26 anos.

Veja o que causa o HPV

O vírus do HPV é transmitido por meio do contato sexual e responsável pela quase totalidade dos casos de câncer de colo do útero. Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), esse é o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama, e a terceira causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, atrás do câncer de mama e pulmão. No País, 15 mil novos casos do câncer de colo de útero até o fim de 2015.

A vacina disponível no SUS (Sistema Único de Saúde) é quadrivalente, ou seja, ela protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18. Os tipos 16 e 18 são responsáveis por 70% dos cânceres de colo de útero e 90% das verrugas genitais, explica Gabriel Oselka, professor da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).

— O ideal é que as meninas sejam vacinadas o mais precocemente possível, antes da atividade sexual. Quanto mais novo, melhor a resposta imune.


Autor: Redação
Fonte: R7

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