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Órgãos de saúde estão em alerta para surto de dengue
 
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29/09/2015

Órgãos de saúde estão em alerta para surto de dengue

Secretarias anunciam nesta terça-feira estratégias para reduzir o número de casos, que já está entre os mais altos dos últimos quatro anos

A falta de frio e o excesso de chuvas no Rio Grande do Sul durante o inverno formaram uma equação que ajudou o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, a proliferar-se pelo Estado. A situação coloca as secretarias municipais e estadual de Saúde em alerta, que se preparam para conter possíveis surtos da doença com a chegada da primavera e do verão, estações de maior risco de transmissão. Durante a manhã desta terça-feira, técnicos e gestores da Coordenadoria-Geral de Vigilância em Saúde (CGVS) da Secretaria Municipal da Saúde divulgam as estratégias de prevenção e controle da dengue para o próximo ano.

A intenção é reduzir o número de casos, que já está entre os mais altos dos últimos quatro anos. Conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde, em 2015 foram 1.255 casos confirmados no Rio Grande do Sul até o final de setembro, contra apenas 86 no ano anterior. Este montante já representa um crescimento superior a 1.000% em relação ao ano passado.

Marilina Bercini, diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), explica que dois fatores levaram a esse aumento. Além do efeito do El Niño, que elevou as temperaturas nos meses de inverno, deixando um clima favorável à reprodução do mosquito, diversos Estados ainda sofrem as consequências da grande epidemia de dengue que ocorreu no Sudeste e no Centro-oeste do país nos primeiros meses do ano. Em dados nacionais, até o final de julho de 2015, foram registrados 1.350.406 casos de dengue. O número representa um aumento de 129% em relação a todo o ano de 2014, quando foram apontados 589.107 episódios.

— Nos primeiros meses deste ano, o RS aprsentou número de casos maior em relação a 2014 pela situação epidemiológica do país. Somamos a isso o inverno mais quente e úmido, e podemos nos preparar para mais um aumento no número de casos da doença já nos próximos meses, com a possibilidade da ocorrência de surtos. Ainda acreditamos que é possível evitar uma epidemia, e por isso estamos trabalhando com mais ênfase nas estratégias de prevenção — explica Marilina.

Entre as estratégias que serão adotadas estão a melhora na capacitação dos servidores estaduais e municipais que trabalham no controle e combate à proliferação do mosquito, além de um investimento na educação e divulgação das formas de prevenção para os cidadãos.

A situação têm mobilizado técnicos em Porto Alegre, que identificaram, ao longo do inverno de 2015, um aumento no número de semanas em que a quantidade de mosquitos foi acima do esperado:

— O frio deveria frear a incidência do inseto, mas, neste ano, o quadro foi diferente. Acompanhamos semanalmente a quantidade de mosquitos adultos em Porto Alegre. Em anos anteriores, ela diminuía significativamente no período de inverno, o que durava em torno de 20 semanas. Neste ano, percebemos que a quantidade de semanas em que o nível de mosquitos estava satisfatório foi bem menor — explica a bióloga Maria Mercedes Bendati, da CGVS.

Conforme a especialista, além das estratégias da prefeitura para evitar surtos da doença, a população deve redobrar a atenção e os cuidados com o tema, já que, em Porto Alegre, 60% dos criadouros estão em pequenos recipientes, que podem ser facilmente removidos e limpos:

— O cuidado de cada morador é fundamental, já que a prevenção da doença depende de todos. Como estamos em um período de muitas chuvas, o risco de aumentar os criadouros é grande, e por isso é preciso que os cidadãos façam revisões frequentes nos locais de sua casa que podem se tornar propícios à reprodução do mosquito. 


Autor: Jaqueline Sordi
Fonte: Zero Hora
Autor da Foto: Cynthia Vanzella

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