Quem vive nos grandes centros urbanos nem sempre se dá conta de quantos barulhos potencialmente perigosos nos rodeiam. A poluição sonora, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, tornou-se o terceiro problema ambiental que mais afeta a população em geral.
O excesso de ruído pode provocar uma série de distúrbios como agitação e insônia, mas sem dúvida o ouvido é o órgão mais atingido e na maioria das vezes é o que sofre mais lesões, como por exemplo, o trauma acústico. A doença, geralmente ocasionada por exposições únicas a um volume muito elevado como explosões, fogos de artifício e até mesmo danceterias, é mais suscetível em pessoas cujos ouvidos já apresentam outras doenças.
Não menos importante, a lesão PAINPSE - sigla de perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevados, é ocasionada por uma exposição duradoura e atinge, na maioria das vezes, ambientes de trabalho de músicos, cantores, DJs, garçons, metalúrgicos, gráficos, engenheiros de obra e pedreiros. Atualmente, a legislação obriga as empresas a fornecerem EPI (equipamentos de proteção individual) e a exercerem o PCA (programa de conservação auditiva), com monitoramento periódico da audição.
Entretanto, outra situação vem ganhando destaque: a recente mudança de hábitos, que envolve o abuso dos fones de ouvido, está configurando uma forma particular de poluição sonora. Nesses casos, além do alto volume e do tempo prolongado de exposição a esses sons, existe ainda o problema de que 100% do som entra diretamente nos tímpanos, sem se dispersar pelo ambiente. Com isso, os ouvidos ficam ainda mais vulneráveis a apresentar lesões definitivas, principalmente em jovens.
Segundo a Profa. Dra. Tanit Ganz Sanchez, otorrinolaringologista e presidente do Instituto Ganz Sanchez, três fatores podem levar à lesão por ruído: o volume do som, o tempo de exposição e a sensibilidade de cada pessoa. Sair de uma balada com ouvidos tampados, zumbido ou perda auditiva, mesmo que temporariamente, é um sinal de alerta à exposição inadequada a sons muito elevados.
O zumbido pode ser o sintoma mais incômodo, que geralmente leva o paciente em busca de uma investigação mais profunda dessa perda auditiva. Ao contrário do que se pensa, o zumbido, assim como o trauma acústico, tem cura desde que seja tratado nas primeiras 48 horas após a lesão. O tratamento precoce tem chance de reversão total enquanto a demora em procurar ajuda pode diminuir a chance de melhora da perda auditiva.
Para prevenção, a otorrinolaringologista alerta, diminuir o volume do som ou usar protetor auricular durante o tempo que estiver exposto, e fazer intervalos periódicos de cinco a dez minutos a cada hora de exposição são algumas atitudes que fazem a diferença.
O Instituto Ganz Sanchez é um centro de diagnóstico e tratamento especializado em zumbido, que também desenvolve pesquisas na área e certifica produtos direta ou indiretamente relacionados ao tratamento. Para quem busca orientações, o Grupo de Apoio a Pessoas com Zumbido tem um programa de palestras educativas gratuitas em oito cidades brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Curitiba, Brasília, Salvador, São José do Rio Preto e São Luis do Maranhão).
Serviço
Instituto Ganz Sanchez
Av. Padre Pereira de Andrade, 353 - Alto de Pinheiros
Tel.: (11) 3021-5251
www.institutoganzsanchez.com.br
Grupo de Apoio a Pessoas com Zumbido
(11) 3068-9855
http://www.forl.org.br/gapz.asp