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EUA pagam três vezes mais em remédios do que britânicos
 
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13/10/2015

EUA pagam três vezes mais em remédios do que britânicos

Empresas produtoras alegam que os lucros altos são necessários para remunerar pesquisas de alto risco e refletir o valor econômico proporcionado pelos remédios

Os preços dos 20 remédios mais vendidos no mundo são, em média, três vezes mais caros nos Estados Unidos do que na Grã-Bretanha, de acordo com uma análise feita a pedido da Reuters.

A conclusão destaca um abismo transatlântico entre os preços dos tratamentos médicos para uma série de doenças num momento em que aumenta a demanda por um custo menor para medicamentos nos EUA, feita por críticos da indústria farmacêutica como a candidata presidencial democrata Hillary Clinton.

Os 20 medicamentos pesquisados, que juntos correspondem a 15 por cento dos gastos globais com produtos farmacêuticos em 2014, são uma grande fonte de lucros para companhias como AbbVie, AstraZeneca, Merck, Pfizer e Roche.

Pesquisadores da Universidade de Liverpool, na Grã-Bretanha, também descobriram que os preços nos EUA demonstraram ser consistentemente mais altos do que em outros mercados europeus.

Os preços norte-americanos também mostraram ser seis vezes mais altos do que no Brasil e 16 vezes mais altos do que a média dos países nos quais são mais baratos, entre os quais costuma estar a Índia.

Os Estados Unidos, que permitem a livre competição de preços entre concorrentes, têm medicamentos mais caros do que em outros países onde os governos controlam direta ou indiretamente os custos dos medicamentos.

Isso faz com que o mercado norte-americano seja de longe o mais rentável para as companhias farmacêuticas, gerando críticas de que os cidadãos norte-americanos estão na prática subsidiando os sistemas de saúde de outros países.

As empresas produtoras alegam que os lucros altos são necessários para remunerar pesquisas de alto risco e refletir o valor econômico proporcionado pelos remédios. Elas também apontam para a alta taxa de sobrevivência nos EUA para doenças como o câncer, além da existência de esquemas subsidiados pela indústria para atender aos cidadãos mais pobres.

Nos últimos anos, a desigualdade de preços aumentou devido a reajustes anuais acima da inflação nos preços de drogas nos EUA, ao mesmo tempo em que os governos na Europa têm cortado custos ou mesmo pressionado os preços para baixo.

De fato, os preços das principais drogas com marcas saltaram 127 por cento entre 2008 e 2014 nos EUA, em comparação com 11 por cento de aumento em uma cesta de itens comuns de um lar, segundo a Express Scripts, maior operadora da planos de compra de remédios dos EUA.

Na Europa, enquanto isso, o impacto dos planos de austeridade sobre os orçamentos da saúde desde a crise financeira levou os executivos da indústria a reclamarem sobre a queda anual de preços na ordem de um digito. 


Autor: Reuters
Fonte: R7

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