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Secretário da Saúde do RS é contra o rastreamento para prevenção do câncer de próstata
 
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03/11/2015

Secretário da Saúde do RS é contra o rastreamento para prevenção do câncer de próstata

Exame de toque retal e de sangue só seriam necessários em casos de sintomatologia ou história familiar da doença

O secretário estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, afirmou em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã desta terça-feira que é contra o rastreamento para prevenção do câncer de próstata. A posição é oposta ao que priorizavam as últimas campanhas para promoção da saúde do homem, que buscavam romper com o preconceito para que o exame que detecta a doença fosse feito como rotina.

— Não recomendamos que sejam feitos exames de rastreamento em todos os homens a partir de uma certa idade, o PSA (exame de sangue) e o exame de toque retal. Os trabalhos científicos atualmente demonstram que não existe nenhuma vantagem de as pessoas fazerem exames dessa forma — afirmou o secretário.

Segundo ele, só há indicação efetiva para os exames nos casos de sintomatologia ou história familiar de câncer de próstata.

— São as únicas indicações para se fazer esses exames. Do contrário, não tem benefício nenhum. As pessoas acabam sendo prejudicadas por esses exames — completou o secretário.

Gabbardo explica que a conduta dos exames foi utilizada durante muito tempo, mas as últimas evidências científicas do Instituto Nacional do Câncer dão a outra recomendação há dois anos. O secretário ainda afirma que Reino Unido não faz mais esses tipos de exame, os Estados Unidos estão deixando de fazer e o Canadá nunca fez.

— Foram acompanhados durante mais de 10 anos pacientes que fizeram o rastreamento e que não fizeram. Ao final do trabalho, o número de pessoas que morreram por câncer de próstata foi exatamente o mesmo, não tem mudança nenhuma. No entanto, no grupo que fez o rastreamento, teve um número enorme de pessoas que ficaram impotentes, que ficaram com incontinência urinária, um número enorme de pessoas que ficaram com sequelas do procedimento — acrescenta Gabbardo.

O secretário também explica que, embora as pessoas pensem que o procedimento é apenas o exame, o toque retal, ele acaba sendo mais complexo. É preciso fazer biópsias nos pacientes, e alguns deles são operados, quando há a retirada de uma neoplasia que talvez não fosse necessária, conforme Gabbardo.

— Então essas pessoas acabam tendo danos, sequelas desses procedimentos, sem vantagem nenhuma — completa.

A nova orientação da secretaria é que os homens façam o exame quando tiverem sintomas, como perda de força do jato urinário, dificuldade para iniciar a micção, dificuldade para urinar, urinar várias vezes durante a noite ou urinar e ainda ficar com a sensação de que a bexiga está cheia. Também é preciso fazer os exames aqueles homens que têm histórico familiar de câncer de próstata.

Sobre o PSA, o risco é o resultado do exame dar "muito falso-positivo", conforme o secretário, o que vai gerar uma investigação com biópsia e cirurgias que não deveriam ser feitas.

— A grande maioria dos tumores da próstata são benignos. Entre os malignos, um grande número não se desenvolve. Os poucos que se desenvolvem deverão ser tratados adequadamente e com a agilidade necessária — afirma Gabbardo.

A nova orientação, conforme o secretário, não retardará diagnósticos da doença porque quando os sintomas aparecem ainda há tempo para o tratamento. A posição também é do Instituto Nacional do Câncer, do Ministério da Saúde, da UFRGS e dos serviços de prevenção do Canadá, do Reino Unido e dos Estados Unidos, de acordo com a secretaria.


Autor: Redação
Fonte: Zero Hora

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