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Nascimento de bebê 63 dias após rompimento de bolsa impressiona médicos
 
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10/11/2015

Nascimento de bebê 63 dias após rompimento de bolsa impressiona médicos

Obstetra usa a palavra milagre ao contar como foi o nascimento prematuro

Para o obstetra Frederico Mendes Vieira o nascimento de Maria Clara, na sexta-feira em São Joaquim, resume-se em 63 milagres. Essa foi a quantidade de dias que a mãe da criança, Charlô Pereira da Silva, 27 anos, ficou internada após o rompimento da bolsa com 21 semanas e quatro dias, ou cinco meses, de gestação. Um dos maiores perigos deste rompimento precoce é o de infecção materna, além dos riscos para o bebê.

Ele conta que quando a bolsa rompeu o bebê pesava 300 gramas. Então iniciou o tratamento com antibióticos e controle de temperatura para evitar qualquer tipo de infecção na mãe, o que poderia causar a morte da paciente:

— Erguemos os pés da cama, porque a região do tronco deve ficar mais baixa que o quadril para ajudar a acumular um pouco de líquido amniótico — explica.

Durante a internação no Hospital de Caridade Sagrado Coração de Jesus, Charlô praticamente só se levantava para ir ao banheiro. Tiveram que interromper a gestação com 30 semanas e quatro dias, pois detectaram alterações na circulação sanguínea fetal. Maria Clara nasceu prematura, com quase sete meses, pesando pouco mais de 1,5 quilo na tarde da última sexta-feira:

— A partir do momento que rompe a bolsa fica difícil verificar se tem alguma má formação. Antes de médico, sou ser humano, então na hora que o bebê nasce não tem como não controlar o choro, não se emocionar — afirma Vieira.

A mãe da criança recebeu alta nesta segunda-feira e lembra com carinho quando a equipe médica e os familiares comemoraram o nascimento da primeira filha do casal:

— Foi uma luta. Mas a fé faz essas coisas — comenta.

Maria Clara está na incubadora e precisa ganhar peso para receber alta. O obstetra Frederico Vieira afirma que o bebê se recupera bem, sem sequelas, e deve ser liberado em cerca de três semanas.

Caso não é único

Ricardo Maia Samways, presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de SC, atesta que eventos como esse são raros, ainda mais sem sequelas para mãe e o bebê, porém não são únicos:

— Sem o líquido amniótico pode haver o colamento das estruturas do bebê, ou seja, um membro se colar com outro. E há muito risco de infecção materna — explica, acrescentando que ele mesmo já atendeu um caso parecido ao de Maria Clara, porém com 19 semanas de gestação e que o bebê nasceu saudável.

Samways afirma que o rompimento precoce da bolsa pode ser ocasionado por diversos fatores, como infecção ou constituição da própria bolsa, e que na Maternidade Carmela Dutra, referência em gestação de alto risco, a ocorrência é registrada mensalmente.


Autor: Karina Wenzel
Fonte: Zero Hora
Autor da Foto: Micheli Pacheco

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