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Bactéria vilã da dor de garganta passa despercebida em testes, diz estudo
 
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11/11/2015

Bactéria vilã da dor de garganta passa despercebida em testes, diz estudo

A descoberta é importante e deve gerar alerta entre otorrinolaringologistas

O principal tipo de infecção bacteriana causador de dor de garganta está passando despercebido na triagem de pacientes, indicou um estudo feito nos EUA.

A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade do Alabama em Birmingham, que usou testes de DNA para detectar a presença da Fusobacterium necrophorum.

Ao acompanhar 312 pacientes com sintomas mais fortes de dor de garganta, os médicos constataram que 20% deles tinham infecção por essa bactéria, enquanto apenas 9% estavam contaminados por estreptococos, a variedade mais comumente alvejada quando se investiga o problema.

Os resultados do trabalho, liderado pelo infectologista Robert Centor, foram publicados na revista "Annals of Internal Medicine". Os números são maiores do que os estimados por estudos europeus, que exergavam uma prevalência de 10% de infecção pela bactéria em pacientes sintomáticos.

"Esses dados confirmam claramente que a F. necrophorum causa faringite em pessoas de 15 a 30 anos", escreveu o médico. Segundo ele, já é possível afirmar que a F. necrophorum é "o mais comum agente bacteriano na faringite".

Sem diagnóstico

Apesar de existirem exames relativamente rápidos para confirmar infecção por estreptococos, porém, não existe nenhuma técnica comercial para rastrear a F. necrophorum.

O problema, afirmam os pesquisadores, é que em muitos hospitais a hipótese de infecção bacteriana é descartada se a presença de estreptococos não é detectada. Médicos preferem trabalhar com a hipótese de virose -- a causa mais comum de dor de garganta --, apesar de vírus e bactérias causarem sintomas diferentes.

O risco de falha em se detectar a presença de F. necrophorum é preocupante, dizem os médicos, porque ela pode causar problemas mais graves que os estreptococos. Na lista de problemas causados pelo patógeno estão desde abcessos nas amídalas até a síndrome de Lemierre -- lesões arteriais na jugular que podem evoluir para infecção generalizada.

Diretrizes

Segundo Jeffrey Linder, professor da Escola Médica Harvard que comentou a pesquisa de Centor em outro artigo, a descoberta é importante e deve gerar alerta entre otorrinolaringologistas. Entretanto, ainda não seria o caso de mudar diretrizes de diagnóstico e tratamento de infecções bacterianas. Uma atenção mais rigorosa aos procedimentos, diz já resulta no uso de antibióticos mesmo que a espécie F. necrophorum não tenha sido identificada.

Pacientes com faringite bacteriana normalmente conseguem se recuperar tomando penicilina. Médicos afirmam, porém, que mais pesquisas precisam ser feitas para determinar se um tratamento mais específico pode ser melhor contra a F. necrophorum.


Autor: Redação
Fonte: G1

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