
A Federação Americana de Futebol (US Soccer) decidiu proibir as crianças de menos de 10 anos de cabecear a bola durante treinamentos e partidas. Para as crianças entre 11 e 13 anos, o número de cabeçadas será limitado, tanto nos treinos como durante as partidas.
Estas medidas, desvendadas no início da semana e que serão aperfeiçoadas nos próximos meses, são consequência de uma queixa depositada na justiça californiana.
Um grupo de pais mostrou preocupação com o fato de clubes e federações não terem nenhuma política de sensibilização e prevenção em relação ao problema de concussões cerebrais.
– Estamos felizes por termos conseguido ter um papel no aperfeiçoamento da segurança de todas as crianças que jogam futebol neste país – explicou Steve Berman, advogado dos queixosos, que não pedem indenização ou compensação.
A US Soccer se comprometeu também a colocar em prática um programa de sensibilização para técnico e dirigentes das equipes.
O risco de concussões cerebrais é um tema muito debatido nos Estados Unidos por causa do futebol americano, mas, segundo um estudo feito em escolas pela Universidade de Denver entre 2005 e 2014, a proibição de cabeçadas reduziu drasticamente o risco de lesão no crânio.
O estudo, porém, evidenciou que a causa principal de concussões cerebrais é o choque entre jogadores.