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Médico teme chegada do surto de microcefalia a outras regiões do Brasil
 
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18/11/2015

Médico teme chegada do surto de microcefalia a outras regiões do Brasil

RJ tornou obrigatória a notificação de grávidas com manchas vermelhas na pele

Um dos primeiros médicos a fazer uma conexão entre zika e o aumento de casos de microcefalia, o professor da Universidade Federal de Pernambuco Carlos Brito disse estar "extremamente preocupado" com o resultado positivo para zika dos exames nos dois fetos da Paraíba.

Ele afirma que, comprovada a associação do vírus com a má-formação, é preciso redobrar os esforços para o problema não se espalhar por outros Estados.

— Se a microcefalia for causada pelo zika, o problema pode chegar a São Paulo e Rio.

Os dois Estados apresentam altos índices de criadouros do Aedes aegypti, mosquito vetor. Além disso, nos dois locais já foi identificada a circulação do vírus.

Brito observa que doenças transmitidas por mosquitos são de rápida dispersão. Isso é fruto de uma combinação de vários fatores, como trânsito de pessoas e, no caso do Aedes aegypti, o fato de ele estar presente em várias partes do país.

Recomendações

O diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Claudio Maierovitch, voltou a sugerir que mulheres discutam com seus familiares e com profissionais de saúde antes de engravidar e, em alguns casos, adiem os planos.

— Nosso papel é oferecer informações para que pessoas tomem suas decisões. Hoje podemos afirmar que há uma relação muito importante do vírus da zika e o aumento de casos de microcefalia. Mas não podemos quantificar o risco de que isso possa acontecer. Esse é um conhecimento novo.

Maierovitch sugeriu, por exemplo, que mulheres procurem se informar, antes de tomar a decisão, sobre o número de casos de zika registrados em sua cidade. As gestantes devem evitar o contato com pessoas que tenham sintomas — como manchas pelo corpo e coceiras —, não tomar medicamentos sem a orientação do médico e evitar ao máximo contato com mosquitos. Entre as medidas listadas estão: usar roupas de manga comprida e repelentes indicados para gestantes. Em casa, usar tela de proteção nos vidros.

— Nem todas as medidas são fáceis de serem adotadas. Mas é por um período.

Maierovitch não aconselha mulheres a fazerem o exame do líquido amniótico como rotina para identificação da microcefalia.

— O exame pode trazer riscos.

O Ministério da Saúde estuda adotar um manual com orientações para gestantes e obstetras com conselhos para uma gravidez segura e informações sobre exames que podem ser feitos. O governo de Pernambuco trabalha na execução de um manual para profissionais do Estado, que concentra o maior número de casos da doença.

Uma das maiores preocupações do autor do protocolo, o vice-presidente da Federação das Associações Brasileiras de Ginecologia e Obstetrícia, Olímpio Moraes Filho, é de não provocar ansiedade entre as mulheres gestantes.

— O número de bebês com microcefalia é alto em comparação com anos anteriores. Mesmo assim, o risco de uma gestante apresentar um bebê com a microcefalia é muito pequeno — disse.

Rio de Janeiro

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio tornou obrigatória a notificação de grávidas com manchas vermelhas na pele. Os casos devem ser informados à SES em até 24 horas depois de a paciente ter procurado o atendimento médico. A medida foi tomada depois que o Ministério da Saúde reconheceu surto de microcefalia em bebês do Nordeste. Dois exames de fetos identificaram a presença do zika vírus, conforme revelou o jornal O Estado de S.Paulo, o que reforça a hipótese de a microcefalia ser consequência de infecção pelo zika.

A resolução leva em conta, ainda, que em alguns casos de microcefalia relatados no Nordeste, as grávidas apresentaram manchas vermelhas. A secretaria informa que prepara campanha de prevenção e combate a focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor do zika vírus, da dengue e também da chikungunya.

Até agora, o Ministério da Saúde registrou 399 casos de microcefalia. Pernambuco é o Estado com maior número de diagnóstico da má-formação, 268. O bebê com microcefalia nasce com crânio menor que o tamanho normal. Não é possível reverter a microcefalia, mas é possível melhorar o desenvolvimento e a qualidade de vida da criança, com fisioterapia, tratamento fonoaudiológico e terapia ocupacional.


Autor: Estadão
Fonte: Zero Hora

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