Cerca de 300 médicos residentes saíram em caminhada do Hospital de Clínicas (HCPA) até a Santa Casa na manhã desta terça-feira para pedir mais valorização para a categoria. Participam da caminhada, residentes do Clínicas, hospitais do Grupo Hospitalar Conceição (Conceição e Fêmina), Complexo Santa Casa, Hospital Ernesto Dornelles, Mãe de Deus e Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas (HMIPV). A manifestação bloqueou o trânsito na rua Ramiro Barcelos e na avenida Osvaldo Aranha.

De acordo com o Hospital de Clínicas, a greve dos residentes está afetando os atendimentos. Na última segunda-feira, 49 dos 4.182 atendimentos agendados no ambulatório do HCPA não puderam ser realizados em razão da paralisação, conforme levantamento parcial .

Em assembleia, os médicos residentes definiram a manutenção da greve nacional por tempo indeterminado. Os residentes pressionam o governo federal por maior qualidade dos programas de formação, fiscalização de hospitais que abriram programas nos últimos anos, interrupção da expansão indiscriminada de vagas e reajuste da bolsa auxílio.

Desde o início do movimento, o Hospital de Hospital de Clínicas de Porto Alegre está reorganizado suas equipes com o objetivo de que seja causado o mínimo possível de transtornos na assistência à população. No entanto, como é um hospital universitário com cerca de 500 residentes, algumas consultas têm sido afetadas.

Nos casos não atendidos, são designadas novas datas para as consultas. Durante o período da paralisação, o hospital mantém a recomendação à população para que evite procurar a Emergência, a não ser nos casos de extrema necessidade.