O Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) lançou na semana passada o 34° Boletim Psifavi. Esta edição do informativo do sistema de psicofarmacovigilância traz a cobertura do 6º Encontro do Comitê de Aconselhamento sobre Segurança de Produtos Medicinais da OMS, além de informações sobre estudos e trabalhos realizados no Brasil e no exterior.
Psifavi
O sistema foi criado em 1998 pelo coordenador do Cebrid, Elisaldo Carlini, com colaboração de colegas de diversos estados. Ele tem o objetivo de receber, reunir e avaliar notificações sobre suspeita de reações adversas de medicamentos psicoativos. À época, foi criado um formulário de Reações Adversas de Medicamentos Psicoativos (RAMP), distribuído por correio para uma lista de três mil médicos.
Em 2006, com objetivo de ampliar e agilizar o programa, a Associação Brasileira de Psiquiatria e o Cebrid assinaram um termo de cooperação para criar a “versão eletrônica” do Psifavi. Assim, todos associados da ABP podem acessar os RAMP pela internet, o que possibilita que se mantenham informados sobre dosagens e reações adversas de medicamentos psicoativos de forma rápida e segura.
Segundo os organizadores do sistema, a ferramenta serve como fonte de recursos e como auxílio antes da prescrição de um medicamento. Ao proporcionar que os especialistas se atualizem, a ABP e o Cebrid contribuem para que médicos de todo o País tenham acesso a informações atualizadas sobre medicamentos psicotrópicos.
O coordenador do Psifavi, Elisaldo Carlini, explica que relatar uma reação adversa não é uma acusação, pois sempre existirão reações. “Há necessidade de comparar os riscos e os benefícios do medicamento. Se os benefícios forem superiores aos riscos, então o medicamento é prescrito. Na linguagem literária isso é chamado de evento adverso”.