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Postos de saúde da Capital estão impedidos de entregar remédios
 
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02/03/2016

Postos de saúde da Capital estão impedidos de entregar remédios

As 141 unidades de saúde de Porto Alegre estão impedidas de distribuir medicamentos à população após uma resolução do CRE proibir que os profissionais da área entreguem os remédios, função que deve ser exercida por farmacêuticos

As 141 unidades de saúde de Porto Alegre estão impedidas de distribuir medicamentos à população após uma resolução do Conselho Regional de Enfermagem proibir que os profissionais da área entreguem os remédios, função que deve ser exercida por farmacêuticos. Nesta terça-feira, apenas as 10 farmácias distritais da Capital realizavam a distribuição dos produtos e já apresentavam filas. As informações são da Rádio Gaúcha.

O secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter, pretende pedir ao Ministério Público uma ação conjunta para que os postos de saúde voltem a fornecer medicamentos. Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, na manhã de hoje, Ritter convocou o presidente do Coren, Daniel Menezes de Souza, para uma reunião urgente para solucionar o problema.

— Estamos pedindo a intervenção do MP para uma ação conjunta, pois isso afeta todos os municípios do Estado — declarou Ritter.

De acordo com Souza, os profissionais de Enfermagem não possuem atribuições técnicas para realizar a entrega de medicamentos nos postos.

— Não estamos solicitando que a prefeitura pare de fornecer medicamentos à população. O Coren tem uma preocupação muito grande com a segurança da população — afirmou. E completou:

— Diversos profissionais da enfermagem se sentem sem habilitação e capacitação técnica que não lhes compete.

Em 2015, os conselhos regionais de enfermagem enviaram pareceres às administrações públicas informando sobre a resolução. Deste então, a prefeitura de Porto Alegre já realiza alterações na logística dos postos e novos concursos para a contratação de farmacêuticos.

— Montamos uma coordenação de assistência farmacêutica. Estamos mudando todo nosso processo de fluxo, gestores, no sentido de fazermos as coisas de forma consciente — destacou o secretário de Saúde.

— Tínhamos uma programação junto ao conselho de farmácia — lamentou.

Em busca de uma solução para o impasse, Ritter convocou Souza para uma reunião na tarde desta terça. O presidente do Coren, por sua vez, preferiu agendar o encontro.

Usuários foram pegos de surpresa

Uma das pessoas que foi afetada pela aplicação da resolução foi a doméstica Adenir Barbosa, de 62 anos. A filha dela tem paralisia cerebral e não conseguiu retirar os três medicamentos que precisava.

— Não sabia de nada, mas agora vou ter que ir no posto que mandaram eu ir, no Postão da Cruzeiro — afirmou.

Já a aposentada Carmelina Albertol, de 58 anos, teve de se deslocar por mais de duas horas nesta manhã, entre a ida e o retorno dos dois postos que ela foi. Primeiro, ela foi até a Unidade Básica do bairro Glória, na zona sul de Porto Alegre, quando foi informada de que não havia remédio. Depois foi até o Centro de Saúde Modelo, no bairro Santana.

— No meu posto, disseram que tem remédio, mas não tem profissional para entregar — contou.

Por causa da distribuição apenas nas farmácias distritais, a unidade da Cruzeiro, que fica no Postão, já registrava maiores filas do que o considerado habitual pelos funcionários.


Autor: Rádio Gaúcha
Fonte: Zero Hora

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