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Adesão à programa de exercícios previne hipertensão na gravidez
 
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21/03/2016

Adesão à programa de exercícios previne hipertensão na gravidez

As intercorrências hipertensivas na gestação são sério problema para a mãe e para o bebê

A prevalência de alguma forma de hipertensão na gestação pode ser de até 10%. Esta cifra varia de acordo com o país e a população estudada, bem como com os critérios utilizados para estabelecer o diagnóstico. Existem fatores desconhecidos e conhecidos associados à hipertensão na gravidez. Dentre os últimos estão a obesidade pré-gestacional e o ganho de peso gestacional excessivo (GPE). Mas até recentemente, nenhum grande ensaio clínico havia avaliado o impacto da aderência das participantes à programa de exercícios sobre um tipo de hipertensão: a pré-eclâmpsia ou hipertensão induzida pela gravidez. A pré-eclâmpsia é um grave problema de saúde pública em muitos países, incluindo o Brasil, sendo ainda (infelizmente) responsável por muitas mortes maternas.

Pois bem, um grupo de pesquisadores da Universidade de Madri, Espanha, procurou avaliar se mulheres aderente (mulheres com 80% ou mais de presença em programa de exercícios iniciados precocemente na gravidez) tinham menor risco de hipertensão induzida pela gravidez e de ganho de peso gestacional excessivo. Os autores levaram em conta o IMC pré-gestacional, e aproveitaram para definir se o exercício maternal protegia também contra o nascimento de bebês com menos de 2.5 ou mais de 4.0 kg ao nascer. Para o ensaio clínico, as mulheres foram divididas, aleatoriamente, em um grupo de exercício, com 382 mulheres e um grupo controle, com 383 mulheres. Na intervenção, elas se exercitaram 3 dias por semana, de 50 a 55 minutos por sessão, iniciando entre 9-11 semanas de gestação e indo até o final da gravidez. As 85 sessões de treinamento envolviam exercícios aeróbicos, de força muscular e de flexibilidade.

O resultado mais importante mostrou que a alta aderência ao programa de exercício, independentemente do peso corporal antes da gravidez, reduziu o risco de pré-eclâmpsia. As mulheres grávidas que não se exercitaram apresentaram risco 3 vezes maior para desenvolver hipertensão e aumento de 50% no risco de GPE. Quanto ao bebê, as mulheres grávidas que não se exercitaram foram 2,5 vezes mais propensas a dar à luz uma criança com peso acima de 4.0 kg ao nascer. Um bebê macrossômico pode parecer muito bonitinho para alguns pais, mas é, na verdade, um motivo de cuidados adicionais. Resumo final: o exercício materno pode ser uma ferramenta preventiva para hipertensão e excesso de ganho de peso na gestação. Neste caso, malhação é pura prevenção.

(Barakat et al. Exercise during pregnancy protects against hypertension and macrosomia: randomized clinical trial. Am J Obstet Gynecol 2015, S0002-9378(15)02479-5. doi: 10.1016/j.ajog.2015.11.039.)


Autor: Redação
Fonte: Uol

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