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Ler rótulos para escolher o melhor alimento é parte da rotina de quem busca dieta saudável
 
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21/03/2016

Ler rótulos para escolher o melhor alimento é parte da rotina de quem busca dieta saudável

Prestar atenção ao se que come é fundamental para manter uma alimentação nutritiva

Entre todas as mudanças promovidas na rotina doméstica a partir da chegada de Rafaela e Isabela, hoje com seis e três anos, as referentes aos hábitos alimentares estão entre as mais marcantes para o casal Tatiana Martins Rotta Casagrande, 38 anos, e André Casagrande, 40 anos. Enquanto ainda não tinham filhos, a ginecologista e obstetra e o engenheiro faziam muitas refeições em restaurantes ou compravam comida pronta e congelados. Hoje em dia, o jantar costuma ser o momento em que os quatro se reúnem à mesa para degustar pratos preparados em casa. Os pais incentivam as meninas a manter uma alimentação nutritiva e variada, que permite guloseimas eventualmente e em pequenas quantidades. Atenta aos rótulos — e a um histórico familiar com casos de obesidade e hipertensão —, Tatiana evita produtos com excesso de sódio e açúcar.

— Bolacha recheada, nem pensar. Não é saudável, não compro, é puro açúcar. Salgadinho também não acrescenta nada — exemplifica Tatiana.

Sem radicalismos

Bolo industrializado é outro item condenado pela mãe, que prefere chamar as filhas à cozinha para preparar um bolo caseiro. Rafaela e Isabela adoram massa do tipo miojo, preferência que Tatiana tenta driblar comprando outra, com menos sal. A médica também se espanta com os conservantes e os extensos prazos de validade dos pães do tipo bisnaguinha. Quanto a embutidos como salsicha, sem radicalismo: de vez em quando, a turma gosta de preparar uma "noite do cachorro-quente".

— Estou satisfeita com o nosso padrão de alimentação. Não salgo, não adoço e não engrosso (com cereal infantil). Cuido ao máximo, tento mostrar o que é saudável e o que não é, sem criar um estresse na vida delas — comenta a médica.

A nutricionista Magali Martins destaca a importância do ensino de bons hábitos desde cedo — é muito mais fácil começar da forma correta do que ser permissivo no início e tentar corrigir os equívocos adiante:

— A alimentação saudável inicia no momento em que você planeja um filho. O gosto do leite é conhecido para a criança pelo que a mãe ingere na gravidez. Desde a gravidez estão se criando hábitos.

Magali recomenda que, ao observar os rótulos, os pais atentem sempre para a presença de sódio, utilizado inclusive em alimentos que não têm sabor salgado, como bolos prontos, cereais matinais e chocolates. É fundamental, acrescenta a nutricionista, que o comportamento dos adultos sirva de exemplo.

— A criança é uma cópia. Não adianta chegar na escola e querer que o filho coma alface se em casa não se come alface. Se a criança vê os pais comendo, é muito mais fácil que ela venha a provar e a gostar — afirma Magali.

Uma questão de saúde

Iniciada por um grupo de famílias de alérgicos em 2014, a campanha Põe no Rótulo chamou a atenção para a necessidade da correta identificação de alimentos alérgenos, como leite, soja, ovo, trigo, peixe, crustáceos, amendoim e oleaginosas. A mobilização se mostrou eficaz, culminando com a publicação, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 26/2015, que prevê a adequação da indústria até o começo de julho. Abaixo da lista de ingredientes, o fabricante deve informar, em negrito e letras maiúsculas, o nome das substâncias capazes de desencadear uma crise alérgica que estão contidas naquele produto.

Cecília Cury, uma das coordenadoras da iniciativa, é mãe de Rafael, que recebeu o diagnóstico de uma alergia a leite e a soja pouco depois de nascer — hoje com quatro anos e meio, o menino acaba de se curar do problema. A advogada recorda a cansativa jornada para comprar produtos adequados, os telefonemas inúteis para serviços de atendimento ao consumidor e o temor de oferecer à criança algo que contivesse resquícios do ingrediente não tolerado.

— Para quem tem alergia, pouco às vezes é muito — explica Cecília, destacando que a ingestão do alérgeno pode provocar reações como refluxo, diarreia e dermatite e, em casos extremos, levar à morte.

A pouco mais de três meses do fim do prazo de adaptação concedido às empresas, ela se mostra otimista:

— Tenho visto a mudança na prática.

Quando os pais vão às compras

— Prefira alimentos com redução de sódio. Hoje há uma boa diversidade de produtos, entre eles presunto, peito de peru e empanado de frango, que destacam essa característica na embalagem.

— Faça comparações. Escolha alimentos com menor quantidade de açúcar.

— Desconsidere supostos benefícios, como "mais vitaminas e ferro", ressaltados no pacote de biscoitos recheados. O melhor, sempre, é que a criança não coma esse tipo de guloseima.

— O suco natural é mais saudável, mas na lancheira é melhor colocar um de caixinha, sem adição de açúcar. Mesmo que o acessório seja térmico, dificilmente manterá o líquido natural na temperatura ideal, comprometendo a integridade e o sabor.

— Entre refrigerante e suco industrializado, opte pelo segundo, mas sem adição de açúcar. 


Autor: Redação
Fonte: Zero Hora

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