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Na hora de parar de fumar a depressão afeta mais as mulheres
 
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11/04/2016

Na hora de parar de fumar a depressão afeta mais as mulheres

Embora o número de fumantes venha caindo no Brasil e em muitos outros países, ainda é grande o número de fumantes

Embora o número de fumantes venha caindo no Brasil e em muitos outros países, ainda é grande o número de fumantes. Pior ainda, nos últimos anos observou-se uma maior frequência de tabagismo entre mulheres jovens, que assimilaram um comportamento até então restrito aos homens. Sabe-se também que a depressão está associada com o tabagismo. Mas não se sabe ao certo se a depressão tem alguma influência no insucesso em parar de fumar. Pois bem, pesquisadores australianos e americanos usaram dados do “International Tobacco Control Study'' para examinar prospectivamente a relação entre depressão e parar de fumar. Foram incluídos 6811 fumantes diários, com idade média de 47 anos, sendo 57% do sexo feminino, de 4 países: EUA, Austrália, Canadá, e Reino Unido. Por meio de entrevistas telefônicas, os participantes foram questionados sobre diagnóstico e/ou sintomas depressivos (humor deprimido ou falta de interesse/prazer) no ano anterior, sobre o uso de nicotina, recentes tentativas de abandono, intenção de parar, e crenças sobre como o fumo afeta a saúde e qualidade de vida. Um ano depois, os participantes foram novamente questionados sobre as subsequentes tentativas de abandono do tabagismo, a duração da abstinência e o suporte recebido para parar de fumar, se farmacológico ou comportamental.

Quanto aos resultados mais importantes, uma surpresa: entre as mulheres, mas não entre os homens, os sintomas auto-relatados de depressão ou diagnóstico recente de depressão foi fator preditor da recaída, no primeiro mês, de uma tentativa de parar de fumar. Suporte comportamental ou farmacológico para deixar de fumar não alterou esse achado. Isso mesmo, a depressão entre mulheres se associou com risco aumentado de quase 50% de recaída ao hábito de fumar. De modo geral, deprimidos tentam mais vezes parar, mas ao final das contas tem mais recaídas. Entre os mecanismos citados para essa relação que não é bem clara estão que as mulheres são mais propensas a fumar para lidar com afetos negativos, que elas endossam crenças de que o cigarro alivia emocionalmente, e que elas se mostram mais preocupadas com o impacto emocional da interrupção do hábito de fumar.

Para os clínicos, os resultados sugerem que durante o tratamento de depressão, as mulheres fumantes podem precisar de apoio adicional para parar de fumar. E no caso de intervenções para cessação do tabagismo elas devem levar em conta as diferenças entre os gêneros. Como se vê também em relação ao tabagismo, mulheres podem até fumar tanto quanto os homens, mas na hora de parar elas são diferentes

(Cooper J et al. Depression motivates quit attempts but predicts relapse: Differential findings for gender from the International Tobacco Control Study. Addiction 2016).


Autor: Alexandre Faisal
Fonte: Uol

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