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Risco de doenças cardiovasculares aumenta 30% em pessoas solitárias
 
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02/05/2016

Risco de doenças cardiovasculares aumenta 30% em pessoas solitárias

A solidão e isolamento social são fenômenos bastante comuns que acarretam problemas físicos e emocionais

Por motivos diversos, as pessoas se isolam: separação, morte do cônjuge, problemas emocionais. E isso é mais frequente com o processo de envelhecimento, exatamente no momento em que estamos todos, sem exceção, mais susceptíveis ao adoecimento e morte. Mas será que indivíduos solitários tem maior risco de virem a apresentar um problema cardiovascular e derrame?. Para responder esta intrigante questão, pesquisadores do Reino Unido realizaram uma meta-análise de estudos afins, que relacionavam solidão e isolamento social e graves complicações cardiovasculares: doença coronariana aguda e acidente vascular cerebral. Foram incluídos na revisão, 23 artigos que juntos contabilizaram mais de 4600 infartos e mais de 3000 derrames. O período de seguimento dos participantes variou de 3 a 21 anos.

Na pesquisa entre 3 e 77% dos participantes foram classificados como solitários, uma variação ampla que decorre basicamente do método de avaliação do isolamento social. Os resultados mais importantes mostram que isolamento social aumentou o risco de infarto em 29% e o de derrame em 32%. Um detalhe curioso, não foram observadas diferenças entre homens e mulheres, mostrando que o impacto negativo da solidão afeta igualmente homens e mulheres. As explicações para estes dados variam de aspectos comportamentais a psicosociais. Por exemplo comportamentos de risco associados à solidão incluem sedentarismo e tabagismo. Por outro lado, solidão e baixa auto-estima andam juntas. E do ponto de vista biológico, existem evidências de que sentir-se sozinho ou isolado se associa também com falha no sistema imune e aumento da pressão alta. Todos estes fatores mencionados são, por sua vez, causas de mortalidade cardiovascular. Os autores da pesquisa destacam que o impacto negativo da solidão sobre as doenças avaliadas é semelhante ao de outros fatores de risco já conhecidos tais como ansiedade e estresse no trabalho. Para outros autores ainda, a solidão tem o mesmo efeito deletério que o sedentarismo e a obesidade.

A implicação mais imediata da pesquisa é a elaboração de estratégias para enfrentar o isolamento das pessoas. De fato, existem estudos sugerindo o uso de intervenções em grupo ou individuais para enfrentar o problema. Como exemplo da primeiras estão os programas educacionais e as atividades sociais. Como exemplo das ações individuais é mencionada a psicoterapia cognitiva comportamental. A ideia é reduzir a mortalidade cardiovascular por meio da redução do isolamento social e solidão. Ótima sugestão desta pesquisa que nos fazer repensar até mesmo um antigo e conhecido ditado: antes só que mal acompanhado.


Autor: Alexandre Faisal
Fonte: Uol

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