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Depressão relacionada à baixa sensibilidade à insulina no diabetes tipo 2
 
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22/09/2009

Depressão relacionada à baixa sensibilidade à insulina no diabetes tipo 2

Pesquisadores da University of Connecticut em Farmington relatam que o tratamento da depressão reduz a resistência insulínica

Pesquisadores da University of Connecticut em Farmington relatam que depressão está associada à baixa sensibilidade à insulina e que o tratamento da depressão reduz a resistência insulínica.

Os resultados de um estudo em adultos deprimidos inscritos no programa de prevenção do diabetes na University of Connecticut foram anunciados na 69ª sessão científica da American Diabetes Association (ADA).

Julie Wagner, PhD, professora adjunta da Division of Behavioral Sciences and Community Health no University of Connecticut Health Center, apresentou os resultados de 56 adultos obesos com risco para diabetes tipo 2 e sintomas de síndrome metabólica.

A idade média foi de 46 anos (± 13 anos), o índice de massa corpórea médio foi de 39 kg/m2 (± 7 kg/m2), circunferência média da cintura foi de 112 cm (±18 cm), glicemia de jejum média foi de 96 mg/dL (±12 mg/dL), e sensibilidade corpórea total à insulina foi de 3,1 (± 1,9). Da coorte, 90% eram mulheres e 53% brancos.

Outros fatores de risco pra diabetes tipo 2 incluíram história familiar, diabetes gestacional, parto de bebê de 4 quilos ou mais, hipertensão, colesterol de baixa densidade (LDL) alto, níveis altos de triglicérides e baixos de colesterol de alta densidade (HDL).

Indivíduos com história de glicemia duas horas pós-prandial de 200 mg/dl ou mais, ou história de tratamento com metformina para intolerância a glicose, foram excluídos do estudo.

Os indivíduos foram categorizados em 1 de 3 grupos: sem depressão (57%); deprimidos (23%), definido como uma pontuação de 16 ou mais na escala Centers for Epidemiologic Studies Depression (CESD); ou em tratamento para depressão (20%).

A pontuação média do CESD foi de 5,2 (± 3,0) para indivíduos sem depressão, 28,6 (± 9,6) para aqueles com depressão e 19,6 (± 12,2) para aqueles em tratamento para depressão.

Dra. Wagner observou que aproximadamente metade daqueles tratados para depressão (46%) teve pontuação maior que 16 na escala CESD. Isto é, esses pacientes ainda mostravam sinais de depressão apesar do tratamento.

O nível de atividade física foi documentado usando a sub-escala de atividade física da escala de 4 pontos do Health Promoting Lifestyle Profile. Dra. Wagner relatou que as pontuações de depressão foram inversamente relacionadas à atividade física (r = - 0,36) e sensibilidade à insulina (r = - 0,30).

Aqueles que não recebiam tratamento para depressão tinham uma sensibilidade à insulina muito menor (sensibilidade à insulina média, 1,79 ± 0,91) do que indivíduos sem depressão (sensibilidade à insulina média, 3,39 ± 1,78; P < 0,05).

Adultos tratados para depressão tinham sensibilidade à insulina semelhante a adultos sem depressão (média, 3,10 ± 1,86; P = 0,63). A associação permaneceu após controle para atividade física (P = 0,28).

“Indivíduos deprimidos têm um risco 37% maior de desenvolver diabetes”, observou Dra. Wagner durante sua apresentação. “A evidência indica que resistência à insulina e depressão estão relacionadas”.

“O tratamento para depressão em adultos com risco para diabetes tipo 2 pode melhorar a resistência àinsulina”, disse Dra. Wagner à Medscape Diabetes & Endocrinology. “Mais pesquisas são necessárias para determinar se o tratamento da depressão contribui para atrasar ou reduzir o risco de diabetes tipo 2”.

“Este é um estudo muito significativo”, disse à Medscape Diabetes & Endocrinology Dr. R. Paul Robertson, presidente de medicina e ciência da ADA e endocrinologista no Swedish Medical Center em Seattle, Washington.

“Tratamento para depressão, tratamento efetivo, é fundamental, e não digo só com drogas. Os pacientes podem necessitar somente de aconselhamento, mas a depressão é algo que precisa ser tratado”, enfatizou Dr. Robertson.

“A depressão está relacionada a muitas das questões que envolvem o diabetes. Obesidade é uma parte grande da doença, e quanto mais os pacientes estiverem com sobrepeso, mais deprimidos eles ficam e quanto mais inativos eles são, como você pode ver o estudo da Dra. Wagner, pior a depressão. É um ciclo vicioso”.

“Tratamento efetivo da depressão pode interromper o ciclo”, disse Dr. Robertson. “Com tratamento efetivo, pacientes tenderão a mudar algum dos seus outros comportamentos”, que aumenta o risco de diabetes tipo 2.

“A questão maior” observou Dr. Robertson, “é se a depressão é parte do diabetes ou parte da doença crônica em geral.

O estudo foi financiado de forma privada. Dr. Wagner não declarou relações financeiras relevantes. Dr. Robertson recebe apoio da Merck & Co.


Autor: Martha Kerr
Fonte: MedCenter MedScape

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