.
 
 
Novas diretrizes orientam os médicos a tratar os pacientes que receberam um transplante hepático
 
Notícias
 
     
   

Tamanho da fonte:


22/09/2009

Novas diretrizes orientam os médicos a tratar os pacientes que receberam um transplante hepático

Os autores recomendam que os médicos assistentes procurem informações sobre possíveis interações medicamentosas em sites

Um levantamento recente aponta que a maioria dos centros de transplante espera que os médicos da atenção primária sejam capazes de acompanhar os pacientes que receberam um transplante de fígado, seis meses após a realização do procedimento.

A partir deste ponto, o Dr. Brendan M. McGuire, da University of Alabama em Birmingham, e demais autores desenvolveram uma diretriz simplificada que auxilia os médicos da atenção primaria no tratamento deste grupo de pacientes. O trabalho está publicado no American Journal of Transplantation.

Os autores observaram que “além dos cuidados rotineiros com a saúde, que não estão relacionados com o transplante, os médicos acabam se deparando com a necessidade de abordar uma doença crônica complexa, que inclui o rastreamento para o câncer com implicações exclusivas, em virtude da imunossupressão crônica. Entretanto, muitos médicos de atenção primária não receberam nenhum treinamento formal em transplante”.

As diretrizes dirigem sua atenção para as interações medicamentosas e efeitos colaterais das drogas imunossupressoras, bem como para a disfunção do órgão transplantado. Além disso, elas abordam a disfunção renal, as desordens metabólicas, os cuidados preventivos e os cânceres. Outras questões tratadas nesta publicação são a produtividade e a incapacidade para o trabalho, tópicos relacionados com a gravidez, com a função sexual e os problemas específicos da população pediátrica.

Contudo, isto não implica em cortar os elos entre os Centros de Transplante e as Unidades de Atenção Primária. Pelo contrário, muitas vezes os médicos são aconselhados a consultar o centro especializado.

Isto é aconselhado nas seguintes situações: quando houver necessidade da prescrição de um novo medicamento; quando os exames laboratoriais de função hepática apresentar resultado 1,5 vezes acima do normal; quando ocorrer uma disfunção renal ou metabólica; quando surgirem cânceres que obriguem a redução da dose do imunossupressor; e quando houver necessidade do ajuste de quaisquer medicamentos no caso de uma gravidez.

A equipe do Dr. McGuire também incluiu nas diretrizes tabelas que expõem de maneira resumida os efeitos de algumas drogas sobre os níveis de ciclosporina, tacrolimo e sirolimo. Além da lista de vacinas que não devem ser administradas nem a estes pacientes nem aos seus contactantes íntimos. Os autores também recomendam que os médicos assistentes procurem informações sobre possíveis interações medicamentosas em sites como o www.epocrates.come o www.pdr.net.

Os autores explicam que, em muitas circunstâncias, o tratamento padrão de determinadas intercorrências é adequado. Por exemplo, no caso de disfunção renal, eles lembram aos médicos que o tratamento de condições crônicas como o diabetes e a hipertensão arterial pode minimizar as lesões renais; e recomendam que seja feito um exame de urina para avaliar um possível encaminhamento a um nefrologista.

Segundo o Dr. McGuire e os demais autores, muitas doenças metabólicas ocorrem com maior frequência entre os pacientes transplantados e podem requerer uma atenção especial. Entre elas estão o diabetes, a hipertensão, a dislipidemia, a obesidade, a gota e as doenças ósseas de natureza metabólica. Recomenda-se que seja instituído o tratamento padrão par estas condições, salvo nos casos em que a interação medicamentosa represente um problema.

A publicação chama atenção ainda para um número maior de neoplasias que podem ocorrer com maior frequência entre os pacientes que realizaram um transplante hepático, em comparação com a população em geral. Entre estas estão as neoplasias relacionadas com infecções virais, os cânceres de pele, do cólon e do trato aerodigestivo. Em algumas situações, os centros especializados devem ser consultados a respeito da redução do medicamento imunossupressor uma vez que esta é a razão para sua incidência elevada.

A taxa de aborto espontâneo é elevada após a realização de um transplante hepático, e as mulheres devem ser aconselhadas a esperar, pelo menos um ano após a realização do transplante para engravidar.

Geralmente a qualidade de vida melhora após a realização de um transplante. Entretanto, a qualidade de vida relacionada com a saúde pode ser menor do que a da população em geral. A publicação indica que a ocorrência de incapacidade física permanente é rara, e os pacientes podem retornar às suas atividades profissionais e cotidianas após a cicatrização da incisão cirúrgica.


Autor: Karla Gale
Fonte: MedCenter MedScape

Imprimir Enviar link

Solicite aqui um artigo ou algum assunto de seu interesse!

Confira Também as Últimas Notícias abaixo!

 
 
 
 
 
 
 
Facebook
 
     
 
 
 
 
 
Newsletter
 
     
 
Cadastre seu email.
 
 
 
 
Interatividade
 
     
 

                         

 
 
.

SIS.SAÚDE - Sistema de Informação em Saúde - Brasil
O SIS.Saúde tem o propósito de prestar informações em saúde, não é um hospital ou clínica.
Não atendemos pacientes e não fornecemos tratamentos.
Administração do site e-mail: mappel@sissaude.com.br. (51) 2160-6581