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Teste do quadril previne limitação nos movimentos da criança
 
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12/08/2016

Teste do quadril previne limitação nos movimentos da criança

Mesmo fora da lista de exames obrigatórios de recém-nascidos, avaliação ainda na maternidade identifica alterações que causam dificuldade para andar

Se você já teve filho ou contato com algum recém-nascido, deve ter ouvido sobre o teste do pezinho ou teste da orelhinha. Eles integram uma lista de, pelo menos, quatro exames obrigatórios realizados em bebês ainda na maternidade. Além desses, a equipe médica realiza outras avaliações de saúde preventivas não determinadas por lei, como o teste do quadril, que pode contribuir com o desenvolvimento saudável da criança. Pouco conhecido, o exame é simples e pode evitar dificuldades para andar ou limitação nos movimentos causada por alterações na bacia do recém-nascido.

O problema é congênito, mas é possível que surja apenas conforme o desenvolvimento da criança. Por isso, o teste deve ser precoce, ainda nas primeiras horas de vida do bebê, já que o chamado sinal de Ortolani desaparece após o primeiro mês de idade. Referência estadual em atendimento de casos de média e alta complexidade, o Hospital Materno Infantil (HMI) registra milhares de nascimentos durante o ano. Todas as crianças nascidas na unidade passam pelo teste do quadril, que já é rotina. Em Goiás, o exame pode se tornar obrigatório após aprovação do Projeto de lei nº 1856/15 pelos deputados estaduais que obriga a rede de saúde pública e privada goiana a realizar o exame nos recém-nascidos. Ele foi apreciado pelo governador Marconi Perillo e aguarda nova avaliação do Plenário.

Médico ortopedista do HMI, Luiz Fernando Jardim, destaca a importância do teste nos bebês. “Ele deve ser realizado após o nascimento, no primeiro exame físico realizado pelo pediatra na sala de parto”, afirma. Conhecido por Teste de Ortolani, o procedimento não causa dor. Consiste na flexão e abdução das pernas da criança para a verificação da estabilidade do quadril e/ou existência de luxação (deslocamento de dois ou mais ossos em relação ao ponto de articulação normal). “É rápido e não causa desconforto para a criança”, assegura Jardim. A manobra de Barlow também é realizada para identificar o quadril instável – situação em que a articulação sai do lugar ideal –, que pode evoluir para a luxação do quadril.

Durante o Teste de Ortolani, o médico pode perceber a luxação do quadril porque ele sente nas mãos o momento em que a articulação é recolocada no lugar. A constatação de alteração é denominada Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ), que pode comprometer a vida adulta devido à possibilidade de dor causada pelo encurtamento do membro inferior ou da osteoartrose (desgaste das cartilagens) precoce. “Quanto antes identificado, mais rápido e simples o tratamento”, destaca o ortopedista. Segundo ele, não há dados estatísticos no Brasil, mas a incidência de DDQ é de 1,5 casos a cada mil nascidos vivos.

Tratamento - Quando diagnosticada, a doença precisa ser tratada imediatamente para reduzir a articulação e estabilizar o quadril em uma posição segura. Após o teste e encaminhamento ao ortopedista, o especialista solicita uma ultrassonografia que diagnostica ou descarta uma eventual DDQ. Após os resultados, ele avalia e solicita acompanhamento médico por meio de exames de imagem e controle ortopédico periódico. Inicialmente, o bebê de até 6 meses de idade deve utilizar o suspensório de Pavlik por cerca de quatro meses para manter a estabilização da posição. “Esse procedimento resolve o problema na maior parte dos casos”, explica Luiz Fernando.

A cirurgia é indicada apenas para pacientes tratados tardiamente ou que não responderam ao tratamento usual. Nessa situação, há maiores riscos e tempo prolongado de imobilização para a correção do quadril. A origem da doença é desconhecida, mas pode estar relacionada com posição uterina (bebê sentado), sexo feminino, filho de mãe de primeira viagem, raça branca, mãe jovem, história familiar, recém-nascido com maiores peso e altura e com deformidades nos pés ou na coluna vertebral. “É mais comum em meninas e raro entre negros”, diz o ortopedista.


Autor: Christina Santos
Fonte: HMI

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