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Emergências superlotadas desafiam candidatos à prefeitura da Capital
 
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07/09/2016

Emergências superlotadas desafiam candidatos à prefeitura da Capital

Demanda é uma das principais prioridades apontadas por eleitores para a área da saúde, segundo pesquisa do SIMERS apresentada em debate

Às 15h30min da última segunda-feira, a emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre recebia 154 pacientes, sendo que há apenas 41 leitos no local. A situação de desconforto e de demora no atendimento às pessoas, que se debruçam sobre si mesmas nas cadeiras de espera ou são colocadas em macas nos corredores da unidade de emergência, materializa um dos principais desafios dos candidatos à prefeitura na área da saúde.

Pela manhã, os concorrentes ao Paço Municipal participaram de debate realizado pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers). Questionados sobre suas propostas, disseram que pretendem melhorar a gestão para poder aumentar o número de leitos e minimizar a superlotação dos hospitais.

O maior número de vagas é uma das três demandas apontadas, em Porto Alegre, em uma pesquisa apresentada pelo Simers aos candidatos. Chamada "Desejos Para Saúde", ouviu 146.160 pessoas no Estado e pediu que escolhessem suas prioridades para a saúde — na Capital, as outras duas são a agilidade no atendimento e a melhoria na infraestrutura. Já entre as prioridades da categoria médica — entregues junto à pesquisa aos candidatos —, estão o investimento na área de saúde mental e na segurança dos estabelecimentos. Na questão dos leitos, o sindicato mostrou um dado preocupante sobre o fechamento de vagas. Em vez de ampliar a rede, Porto Alegre perdeu 280 leitos no período de um ano — de 5.557 para 5.227.

Outro problema objeto de questionamentos aos candidatos é o excesso de envio de pacientes do Interior e da Região Metropolitana para atendimento na Capital, a chamada ambulancioterapia. Ontem, veículos de diversas cidades estavam no estacionamento do Clínicas para transportar pacientes. A dona de casa Lucilene Barros Félix, 49 anos, aguardava na sala de espera da emergência por um médico que pudesse fazer um procedimento para retirada de líquido do abdômen. Diagnosticada com hepatite, Lucilene, moradora de Canoas, precisa vir a Porto Alegre uma vez por semana para isso.

— Cheguei aqui às 13h e me disseram que vou ser atendida depois das 22h. Já sei que não vai ter leito também — queixa-se.

O Simers alertou que o problema deve agravar-se nos próximos meses, já que existe a possibilidade de fechamento de hospitais em pelo menos sete municípios do Interior. Outro fato que contribui para o inchaço do Sistema Único de Saúde (SUS) é o desligamento de mais de 1,3 milhão de brasileiros dos planos de saúde entre março de 2015 e março de 2016, segundo dados da Agência de Saúde Suplementar. No RS, foram 36 mil pessoas que passaram a ser atendidas na rede pública e deixaram os planos.

Embora concordem que faltam recursos, todos os candidatos bateram na tecla da gestão como solução para os problemas da área. A ampliação e a qualificação da saúde básica também foi uma bandeira defendida pela maioria dos concorrentes.


Autor: Juliano Rodrigues e Fernanda da Costa
Fonte: Zero Hora
Autor da Foto: Diego Vara

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