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Uso de óvulo de doadora não diminui riscos de gestante após 45 anos
 
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09/09/2016

Uso de óvulo de doadora não diminui riscos de gestante após 45 anos

Muitas mulheres adiam até o limite final das suas vidas reprodutivas a decisão de ter o primeiro filho

Antes uma situação inimaginável ou fortuita, a gestação após os 45 anos transforma-se, pouco a pouco, em realidade. Muitas mulheres adiam até o limite final das suas vidas reprodutivas a decisão de ter o primeiro filho. Nos EUA, no período de 1970 a 2006, a proporção de nascimento do primeiro filho entre mulheres com idade igual ou acima de 35 anos aumentou quase oito vezes. Avaliar os resultados obstétricos associados à primeira gestação após 45 anos foi o tema de publicação recente. Os pesquisadores israelenses realizaram estudo de coorte retrospectivo comparando 222 primíparas idosas, ou seja, mulheres que vão parir pela primeira vez com mais de 45 anos, com um grupo de referência de 222 primíparas, com idades entre 30 e 35 anos.

Os resultados confirmam dados já conhecidos da literatura e não são nada animadoras para as mulheres que deixaram a gestação para mais tarde, ou melhor, para bem mais tarde. Inicialmente, as mulheres deste grupo tendiam a ter mais problemas crônicos de saúde, a apresentarem diabetes e hipertensão na gestação, a serem solteiras, e de terem engravidado por meio de doação de óvulos. Quanto às complicações na gravidez, elas foram mais sujeitas à hospitalização, a ter bebê prematuro, com baixo peso ao nascer e com maior risco de a admissão à UTI neonatal. Como exemplo, o risco de pré-eclâmpsia, uma grave complicação obstétrica, foi 2.5 vezes mais freqüente nas gestantes mais velhas. Mas o estudo mostra algumas surpresas: não houve diferenças nos resultados entre primíparas acima dos 45 anos em relação ao histórico de doenças crônicas pré-existentes e nem na comparação com gestantes acima de 50 anos. Outros estudos asseguravam melhor prognóstico para mulher mais velha, com boa condição de saúde, que deixava a gravidez para o final da vida reprodutiva. Muitas vezes contando com o óvulo de doadora. E quanto a isso outro resultado da pesquisa também é desfavorável. O uso de óvulo de outra mulher não significou menos risco para estas mulheres.

Com resultados tão adversos, não restou aos autores outra opção a não ser alertar contra os perigos da gestação em idosas e recomendar a gestação em idades mais precoces. Só resta agora convencer algumas mulheres que querem muito ser mães, mas só depois de terminarem uma lista infindável de tarefas.

(Ben-David et al. Pregnancy and Birth Outcomes Among Primiparae at Very Advanced Maternal Age: At What Price? Matern Child Health J (2016) 20:833–842).


Autor: Alexandre Faisal
Fonte: Uol

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