Cada vez mais brasileiros aderem ao consumo de produtos orgânicos. Dados do Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa) revelam que a agricultura orgânica deve movimentar mais de R$ 2,5 bilhões neste ano no País. Quem quer ter esses itens em sua mesa desembolsa entre 20% e 30% acima do valor de itens tradicionais. O motivo de pagar um pouco caro está nas características desse tipo de cultivo, que não utiliza agrotóxicos sintéticos, fertilizantes químicos ou transgênicos, e as técnicas aplicadas nas lavouras buscam preservar o meio ambiente e garantir a qualidade do alimento. Imagine, então, que, mesmo pagando mais caro para ter essas mercadorias, chegue ao seu prato um alimento cultivado com agrotóxico contrabandeado.
No Rio Grande do Sul, fiscais agropecuários da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação encontraram agrotóxicos ilegais, provenientes da China e do Uruguai, no município de Santana do Livramento, em uma propriedade com os dois sistemas de cultivo: convencional e orgânico. De acordo com os fiscais, havendo os dois sistemas na mesma propriedade, o agricultor pode ter agrotóxicos registrados no Brasil. O produtor, autuado por infração, deverá pagar uma multa de até R$ 14,700,00, além de responder processo administrativo e processo-crime junto à Polícia Federal. Caso seja comprovada a utilização dos agrotóxicos contrabandeados na plantação, o agricultor também poderá ser descredenciado pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa). “Além dos agrotóxicos Contrabandeados, havia na propriedade rural agrotóxicos com registro no Brasil”, informa Rafael Friedrich de Lima, chefe da Divisão de Insumos e Serviços Agropecuários do Estado.
Os padrões da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil GTC/GTS auxiliam as empresas na implementação da rastreabilidade de seus produtos e ajudam o País a evitar problemas como esses. “A tecnologia permite traçar o histórico e o registro do caminho percorrido pelo produto, por meio de uma identificação única e global que identifica o mesmo.”, destaca o presidente da GS1 Brasil, João Carlos de Oliveira. As informações sobre a procedência e a idoneidade dos produtos começam a ser inseridas na origem, com a identificação do produto via código de barras ou radiofrequência. Portanto, empresas que enviam e recebem cargas de alimentos, medicamentos ou qualquer outro produto têm informações precisas da sua procedência desde a matéria-prima até a chegada ao consumidor.
O código de barras facilita o controle de circulação de mercadorias em todas as etapas do processo, seja no recebimento nos estabelecimentos ou em qualquer outra fase que seja necessária a captura de dados e controle da informação. É como se fosse um o “RG” do produto, a identificação é única e global. Isso é possível graças ao Número Global do Item Comercial, o GTIN, uma estrutura numérica específica que identificada produto por produto. Por isso, a evolução do código de barras é permanente.
Sobre a GS1 Brasil
A GS1 Brasil - Associação Brasileira de Automação é uma organização sem fins lucrativos que representa nacionalmente a GS1 Global. Em todo o mundo, a GS1 é responsável pelo padrão global de identificação de produtos e serviços (Código de Barras e EPC/RFID) e comunicação (EDI e GDSN) na cadeia de suprimentos, tem seu padrão adotado em 150 países e possui sedes em 112 deles. Além de estabelecer padrões de identificação de produtos, a associação oferece serviços e soluções para as áreas de varejo, saúde, transporte e logística. A organização brasileira tem 58,5 mil associados. Mais informações em www.gs1br.org.