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Aposentada criou grupo para doação de remédios após morte de amiga
 
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19/09/2016

Aposentada criou grupo para doação de remédios após morte de amiga

Pelas regras, quem oferece tem de pedir a receita e o beneficiário precisa escanear e enviar, antes de receber a caixa

Não foram poucos os momentos difíceis que a empresária Tereza Satiko Watanabe, 74, enfrentou nos últimos 15 anos, após receber o diagnóstico de um câncer de mama. Nesse período, cirurgias, quimioterapias e medicamentos conseguiram controlar o tumor temporariamente, mas, com o passar dos anos, a doença foi avançando e chegou ao fígado, ao pulmão e aos ossos.

Em abril deste ano, a família da idosa, moradora da zona leste de São Paulo, se deparou com o maior desafio dessa luta: a doença havia progredido ainda mais e os dois únicos medicamentos capazes de controlar o câncer desta vez custavam, juntos, R$ 19 mil por mês e não eram oferecidos pelo SUS. O plano de saúde da idosa foi acionado, mas se negava a liberar as drogas.

"A gente entrou em desespero, começou a querer vender tudo que a gente tinha para comprar esses remédios", conta a administradora Miriam Watanabe Tamada, 46, filha de Tereza.

Foi quando a família conheceu a ONG Amor Rosa, que dá apoio a pacientes com câncer. Entre as atividades da fundadora da entidade, Ana Maria Obranovich, 67, está a busca de remédios oncológicos nos grupos de doação do Facebook para redistribuí-los aos beneficiários da ONG.

"Entrei em contato com a Ana Maria, falei sobre o remédio e ela disse que talvez conseguiria. Mas antes me fez muitas perguntas, quis saber onde minha mãe se tratava, exigiu todas as garantias. Percebi que era um trabalho muito responsável", diz Miriam.

No dia 4 de junho, a família recebeu as duas caixas dos medicamentos e Tereza pôde iniciar o tratamento. "Quando peguei aqueles remédios na mão, pareciam um troféu, era a vida da minha mãe em jogo", afirma Miriam.

Ana Maria conta que conseguiu as duas drogas por meio do grupo Doação de Remédios (São Paulo-SP). "A ONG vai fazendo essa ponte entre famílias de pacientes que morreram e aqueles que precisam. Mas, para evitar ações de pessoas mal-intencionadas, faço um controle grande. Exijo o comprovante de que a pessoa está se tratando, a receita e ela tem de assinar um recibo quando retira", diz a fundadora da ONG.


Autor: Edison Veiga e Fabiana Cambricol
Fonte: Estadão

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