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Saúde Brasil 2007
 
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14/11/2008

Saúde Brasil 2007

Cânceres matam mais mulheres em idade fértil

As neoplasias (grupo que reúne os vários tipos de câncer) foram responsáveis pela maior quantidade de mortes entre mulheres em idade fértil no Brasil, em 2005. Responsáveis por 20,7% das mortes em 2000, elas passaram a responder por 23% das mortes em 2005. De acordo com os dados da publicação Saúde Brasil 2007, os cânceres superaram as doenças do aparelho circulatório que tiveram redução neste período, de 23,3% para 21,1%, e passaram a ocupar o segundo lugar no ranking de mortalidade feminina.

Esta é a primeira vez que a publicação aborda o perfil da mortalidade entre mulheres em idade reprodutiva, com idade de 10 a 49 anos. Em 2005, elas representavam 65% da população feminina, consideradas um segmento importante para a elaboração das políticas de saúde.

As causas externas são a terceira causa de morte desse grupo, sendo que as agressões por arma de fogo representam a maioria das causas, com uma média de 1,6 mil óbitos por ano, seguidas dos acidentes com veículos e dos atropelamentos.

Ao avaliar as causas específicas de morte, o estudo indica que as doenças cerebrovasculares, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC), o infarto agudo do miocárdio e a hemorragia intracerebral são as que mais matam mulheres em idade fértil. No total, essas doenças foram responsáveis por 4.552 dos óbitos, com uma taxa de 7,5 por 100 mil mulheres.

O acidente de transporte terrestre (ATT) é a segunda maior causa específica de óbito. O risco de uma mulher morrer por essa causa foi de sete mortes para 100 mil mulheres. Os homicídios aparecem em terceiro lugar, com uma taxa de 5,3 por 100 mil mulheres em idade fértil. As doenças infecciosas e parasitárias ainda aparecem entres as cinco primeiras causas de morte, com óbitos por doenças do vírus HIV.

Entre o grupo das neoplasias, os tumores malignos de mama aparecem na sexta posição do ranking específico de mortalidade. Em 2005, 2,7 mil mulheres perderam a vida em decorrência da doença. O câncer de mama e o câncer de colo do útero são as principais causas de morte entre as neoplasias.

RAÇA E COR - O estudo também avaliou os óbitos entre mulheres em idade fértil segundo critérios de raça/cor. De acordo com os dados, o maior risco de morte para as mulheres brancas é o ATT, com uma taxa de 7,1 por 100 mil mulheres em idade fértil. Dentre as dez principais causas de óbito, o estudo destaca que o risco de morte por homicídios entre as mulheres brancas é maior que o risco por doenças isquêmicas e o câncer do colo de útero.

Entre as mulheres de raça/cor preta e parda, as doenças cerebrovasculares foram as principais responsáveis pelos óbitos, sendo que o risco dessas mulheres morrerem por essa causa foi duas vezes maior que as mulheres brancas. Entre as mulheres pardas, os homicídios respondem pela segunda causa de morte, com um risco três vezes maior em comparação às brancas.

Tanto nas pretas quanto nas pardas, os óbitos podem estar associados a tendências genéticas – pelo fato delas sofrerem mais com a hipertensão –, mas também por elas estarem inseridas em contextos socioeconômicos de pobreza e dificuldade de acesso aos serviços de saúde.

O estudo também aborda o risco de morte por HIV, entre as mulheres raça/cor preta. O vírus ocupa o segundo lugar no ranking de mortalidade e o risco de morte é 2,6 vezes maior que entre as mulheres brancas.

REGIÕES – De acordo com Otaliba Libânio, diretor do Departamento de Análise de Situação de Saúde (DASIS), o perfil da mortalidade observado entre as mulheres refletem as desigualdades sociais e regionais existentes no Brasil. Na região Norte, as neoplasias e as causas externas foram as causas mais freqüentes de morte entre mulheres em idade fértil, enquanto na região Nordeste foram as doenças do aparelho circulatório.

Nas regiões Sudeste, as neoplasias passaram a responder pelo maior percentual de óbitos a partir de 2004, ultrapassando as doenças do aparelho circulatório. Na região Sul, as neoplasias também representaram as principais causas de morte entre mulheres em idade fértil, com um percentual maior que as demais regiões em todo o país: foram 24,8% dos óbitos em 2005.

Se comparada a outras regiões, o Centro-Oeste registrou o maior aumento de mortes por causas externas. Em 2005, o percentual atingiu 23,3%, enquanto que as doenças do aparelho circulatório tiveram uma redução média de 6,2% no mesmo período.

MORTALIDADE MATERNA - Doenças ligadas à gravidez, parto e puerpério ocupam a oitava causa de risco de morte entre as mulheres em idade fértil, com 2,7 falecimentos por 100 mil mulheres. O estudo aponta para a estabilização da mortalidade materna, devido à criação de comitês de investigação de mortalidade materna, à melhoria na qualidade da atenção obstétrica e ao acesso a serviços de saúde e métodos contraceptivos.

As conseqüências de doenças hipertensivas, como a eclâmpsia e pré-eclâmpsia, e o aborto foram responsáveis por mais de 70% dos óbitos maternos, em 2005. As outras causas que levaram mulheres grávidas ao óbito estavam relacionadas a doenças do aparelho circulatório e respiratório e doenças infecciosas/parasitárias, como o HIV.


Autor: Imprensa
Fonte: Ministério da Saúde

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