Em solenidade que teve lugar durante o 48º Congresso da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia - SBOT, em Belo Horizonte, o medalhão que simboliza a presidência da entidade, que reúne 12.500 associados, foi passado a João Mauricio Barretto. A entrega foi feita por Luiz Antonio Munhoz da Cunha, do Paraná, cuja gestão se encerra no final do ano.

João Mauricio Barretto, novo presidente da SBOT, é do Rio de Janeiro, onde se formou pela Universidade Federal Fluminense, doutor pela Universidade de São Paulo e é diretor científico do Grupo de Joelho do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia. Barretto também foi chefe do Serviço de Ortopedia da Santa Casa do Rio de Janeiro. Com largo histórico de serviços em entidades associativas, presidiu a Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho, a SBOT do Rio de Janeiro e era, até agora, vice-presidente da SBOT nacional.

Entre os desafios que vai enfrentar em sua gestão, João Mauricio Barreto destaca a Educação Continuada, que considera de grande importância numa especialidade como a Ortopedia. Outros desafios são a melhoria constante na formação de futuros ortopedistas, da residência médica e da prova de título, que por sua excelência já serviu de modelo para os exames promovidos por outras sociedades de especialidade.

Embora reconhecendo as dificuldades decorrentes da crise econômica brasileira, tem certeza de que será possível contornar os problemas e realizar os congressos e eventos científicos programados, também porque tem recebido retorno positivo das empresas patrocinadoras.

O exemplo que cita é o recente CBOT, o congresso nacional, que teve um número expressivo de participantes, mais de 4.000 de todos os Estados brasileiros e para o qual foi possível trazer alguns dos maiores especialistas do exterior para apresentações e conferências que foram de grande proveito para os ortopedistas presentes.

É preocupação relevante para o novo presidente a defesa profissional, pelo que é um dos apoiadores de primeira hora da Frente Parlamentar da Medicina, que se propõe reunir congressistas para colaborar na formatação das políticas de Saúde Pública.

Para Barreto, a vivência dos médicos que estão na linha de frente do atendimento da população, seja nos prontos socorros, nos hospitais e prestando serviços ao SUS tem uma visão muito realista das necessidades do paciente, das medidas de prevenção que podem reduzir o número de problemas ortopédicos. Através da Frente Parlamentar, esse conhecimento será levado como subsídio aos deputados, senadores e para o Ministério da Saúde, ajudando na definição da política nacional da Saúde.

“As estratégias que vamos defender seja no que se refere à disponibilidade de recursos, de prevenção, de diagnóstico e tratamento não são voltadas para a classe médica”, diz ele. “Mas sim para a população, para os pacientes, que são nosso objetivo principal, e que merecem uma assistência de qualidade, que os médicos brasileiros tem capacitação para oferecer, desde que contem com os recursos e condições de infraestrutura necessários”.