O Fertilitat – Centro de Medicina Reprodutiva reuniu especialistas da Argentina, Brasil, Colômbia e Espanha no IV Simpósio Internacional Fertilitat esta sexta-feira (2), no Instituto Ling, em Porto Alegre. O argentino Roberto Coco, coordenador de cursos da Rede Latinoamericana de Reprodução Assistida, e Guido Parra, da Colômbia, diretor científico da Clínica Procrear e professor de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Livre, Metropolitan, Sinu e Cartagena, apresentaram temas de destaque no evento, como a investigação do casal infértil e indicações de reprodução assistida.
Vindos da Espanha, Fabio de Castro Cruz e Nicolas Garrido, professores de Biotecnologia da Reprodução da Universidade de Valência, discutiram sobre novas pesquisas e tratamentos para infertilidade. "Na época que as pessoas engravidavam com 20 anos, pouco se ouvia falar sobre endometriose. É uma doença que normalmente ocorre após muitos ciclos. Hoje, por conta da idade que as pessoas escolhem para engravidar, temos mais pesquisas sobre o tema", explica Fabio.
A Presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), Hitomi Miura Nakagawa, o chefe do setor de Reprodução Humana do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, Rui Alberto Ferriani e o professor de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFMG, Fernando dos Reis, foram os convidados nacionais. "Até mesmo em uma paciente jovem, que apresente somente dor, é dever do ginecologista alertar da possível impossibilidade de engravidar. Tem que haver um aconselhamento para a preservação da fertilidade, porque o especialista precisa pensar no futuro reprodutivo dessa mulher”, explica Rui Ferriani.
“O compartilhamento de conhecimento e técnicas entre especialistas de diferentes partes do mundo agrega na qualidade dos serviços que a gente presta”, reforça o diretor do Fertilitat Alvaro Petracco.
Um dos painéis do evento foi “Gravidez em tempos de zika: o que fazer?”, apresentado pela presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), Hitomi Miura Nakagawa. Ela informa que não há mais picos da doença, pois a população está mais informada e prevenida. “A prevenção é o mais forte que a gente tem neste momento, ainda”, afirma Hitomi.
O evento foi uma oportunidade de aprendizado sobre assuntos atuais. “Todos os temas foram adequados ao que pretendíamos. Estamos muito satisfeitos, pois foi como a gente acreditou que queria acontecer. O Fertilitat sempre prezou pela iniciativa em pesquisas e no aprimoramento do conhecimento pelos nossos especialistas”, avalia a diretora do Fertilitat Mariangela Badalotti.