O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) reforçou o alerta para a falta de segurança no setor depois de um novo caso de violência, desta vez no Hospital São Lucas da PUCRS, registrado na quinta-feira. Até agora, já são sete ocorrências — cinco só em Porto Alegre, o que representa um aumento de 600% sobre o mesmo período do ano passado. O volume de 2017 é quase a metade do total de 2016, que teve 15 casos em todo o Rio Grande do Sul, sendo 12 na Capital.

Para o presidente do Simers, Paulo de Argollo Mendes, é preciso uma ação imediata dos órgãos de segurança.

— Dois casos deste ano foram em frente ao Postão da Cruzeiro, com um homem executado e um ônibus incendiado — cita Argollo.

Além disso, em algumas regiões a tensão é permanente, afetando o trabalho dos profissionais e o atendimento.

Argollo lembra que o Simers já levou à Secretaria Estadual de Segurança Pública, Brigada Militar e Guarda Municipal de Porto Alegre diversas sugestões de medidas. A entidade defende a instalação de câmeras de videomonitoramento e integração entre as existentes, pertencentes a diversos órgãos, e de detectores de metais no acesso aos locais.

Os números da violência na saúde

2014: 14 ocorrências ( 8 em Porto Alegre)

2015: 33 ocorrências (22 em Porto Alegre)

2016: 15 ocorrências (12 em Porto Alegre) — primeira ocorrência foi em 25 de janeiro

2017: 7 ocorrências (5 em Porto Alegre)

Total: 69 ocorrências, sendo 47 na Capital*

* Até 2 de fevereiro

Fonte dos dados: Simers.