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Grande Depressão fez bem à saúde dos americanos
 
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29/09/2009

Grande Depressão fez bem à saúde dos americanos

Estudo cruzou expectativa de vida, mortalidade e PIB de 1920 a 1940

A Grande Depressão, no século passado, marco histórico de como uma crise econômica pode ser profunda, fez bem à saúde dos americanos. Essa foi a surpreendente descoberta de pesquisadores da Universidade de Michigan (câmous de Ann Arbor), nos Estados Unidos. Os cientistas cruzaram os dados de expectativa de vida, mortalidade e produto interno bruto, de 1920 a 1940.

Em tempos mais duros as pessoas tendem a se ajudar, reforçando as redes de apoio social

As curvas resultantes dessa análise mostram claramente que nos momentos mais críticos da crise, que começou em 1929, quando o desemprego atingia o pico da sua curva, no mesmo momento a expectativa de vida aumentava.

A recessão que veio após a quebra da bolsa de Nova York, em outubro de 1929, durou até 1933. Nesse período, a saúde geral dos norte-americanos não só não piorou como apresentou sinais de melhora.

Durante a prosperidade econômica, o consumo de álcool e fumo crescem, além do aumento do estresse relacionado ao trabalho

Nos anos de 1921 a 1926, momento em que o país apresentava um crescimento econômico importante, a expectativa de vida declinou em média 8 anos. Paradoxalmente em 1932, enquanto o desemprego atingia 23% e o produto interno bruto encolhia 14%, a longevidade dos cidadãos aumentava 8 anos.

A mortalidade dos americanos, por conta de doenças infecciosas como gripe e pneumonia, diminuiu cerca de 30% no pico da crise. Novamente em uma observação contrária nos anos de recuperação do país, as doenças cardiovasculares se tornaram uma causa importante de mortalidade.

Quando estudaram as causas individuais dos óbitos, somente o suicídio aumentou nos tempos de crise mais severa. Durante o período de prosperidade, que se seguiu ao fim da crise, a venda de veículos automotores fez crescer o número de mortes por acidentes de tráfego.

O médico José Tapias Granados, pesquisador-chefe do grupo que realizou o estudo, afirma que não conseguiu identificar quais seriam os fatores que determinaram a diminuição da mortalidade durante a crise financeira.

Uma das hipóteses levantadas é a de que em tempos mais duros as pessoas tendem a se ajudar, reforçando as redes de apoio social. Por outro lado, durante a prosperidade econômica o consumo de álcool e fumo crescem, além do aumento do estresse relacionado ao trabalho. Todos esses fatores estão ligados às doenças cardíacas e metabólicas.

Agora, logo que a atual situação econômica voltar a níveis normais, os especialistas deverão checar se os números de nossa saúde vão confirmar os achados da crise de 29.


Autor: Luis Fernando Correia
Fonte: G1 Ciência e Saúde

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