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Ministro diz que mulheres devem ser incluídas em tomada de decisão sobre parto
 
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09/03/2017

Ministro diz que mulheres devem ser incluídas em tomada de decisão sobre parto

Dentre as recomendações do ministério da saúde às maternidades, estão técnicas para alívio da dor, presença de doulas e liberdade de posição na hora do parto

No Dia Internacional da Mulher, o governo federal anunciou uma série de medidas pela humanizar o parto normal, reduzir procedimentos considerados desnecessários e garantir os direitos sexuais reprodutivos das mulheres. Para agilizar os atendimentos de violência contra mulheres, o governo também pretende interligar o Ligue 180, que recebe denúncias de agressões, com os serviços da Polícia Militar.

Durante cerimônia de anúncio das diretrizes, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse que até hoje não havia uma diretriz específica para o parto normal. “As mulheres devem ser tratadas com respeito, ter acesso a informações e incluídas na tomada de decisões. Haverá um plano de parto”, anunciou.

Dentre as recomendações do Ministério da Saúde às casas de parto e maternidades, estão técnicas para alívio da dor, presença de doulas e liberdade de posição na hora do parto. A manobra de Kristeller, em que o médico empurra a barriga da mãe para auxiliar na saída do bebê, também passará a ser contraindicada. “As diretrizes garantem assistência qualificada. Há um protocolo, e a mulher vai para sala do parto sabendo exatamente o que vai acontecer”, disse Barros.

Dia da Mulher

Ao lado da primeira-dama, Marcela Temer, o presidente Michel Temer participou do evento, no Palácio do Planalto. Segundo o presidente, o Dia Internacional da Mulher é importante não apenas para o calendário, mas também para que seja recordada a “luta permanente” das mulheres por uma “posição adequada” na sociedade.

“A sociedade, de alguma maneira vai bem, [devido à importância das mulheres], se os filhos vão bem é porque tiveram formação adequada em suas casas. Isso quem faz não é o homem, é a mulher. Na economia, a mulher também tem grande participação, porque ninguém é melhor de ver ajustes de preços e flutuações econômicas do que a mulher”, disse Temer.

Em um breve discurso, a primeira-dama defendeu o fim da intolerância contra as mulheres. “Mesmo com a busca pela legitimidade de apontar o que é melhor para nós, há momentos em que as mulheres se veem sozinhas no sustento de filhos e netos. [Elas estão presentes] na rotina para conduzir a família, quem mais requer cuidados, como por exemplo as mães de crianças com microcefalia”, disse.

Para a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, o desafio à frente da pasta é fazer com que as mulheres ocupem cada vez mais os espaços de poder. "A mulher negra é merecedora de uma política especial dirigida a ela. Preocupa-me o racismo excludente para essas mulheres negras que eu aqui represento”, afirmou.

DIU

O Ministério da Saúde também anunciou a ampliação do acesso ao Dispositivo Intra Uterino (DIU) de Cobre, um método contraceptivo que não usa hormônios. Além das unidades básicas de saúde, as maternidades brasileiras também poderão ofertar o DIU em situações como o pós-parto e pós-abortamento. De acordo com o ministro, as maternidades terão até 180 dias para organizar a implantação do método, que tem índice de segurança de 99% e duração de até dez anos.

Em entrevista após o evento, o ministro da Saúde disse que a previsão é de que em 180 dias as maternidades estejam preparadas para implementar as medidas. De acordo com ele, o DIU já está disponível, não precisando ser importado, e a previsão é de que, quando for utilizado em larga escala, tenha um gasto de R$ 30 milhões por ano. 


Autor: Pedro Peduzzi e Paulo Victor Chagas
Fonte: Agência Brasil

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