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Cirurgia no Hospital Moinhos de Vento transforma indicador em polegar
 
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29/03/2017

Cirurgia no Hospital Moinhos de Vento transforma indicador em polegar

Criança com quatro dedos em uma das mãos passou por procedimento para ter a função de pinça, utilizada para segurar objetos

Uma criança de dois anos de idade que nasceu com quatro dedos na mão direita teve o indicador transformado em polegar em cirurgia no Hospital Moinhos de Vento. O procedimento foi realizado no dia 21 de março pelo médico Paulo Henrique Ruschel, ortopedista e traumatologista – cirurgião da mão e microcirurgia reconstrutiva.

Chamado de policização, consiste em levar o indicador para o novo local. Mas não é uma simples transferência. O dedo ficará com o visual e a funcionalidade de um polegar. Por meio de microcirurgia, foram feitas alterações nas estruturas óssea, muscular e dos tendões. O indicador, por exemplo, tem quatro ossos e o polegar, três. Entre os tendões, cinco tiveram de ser modificados.

– Mudam-se várias estruturas para se manter a função de pinça. Sem ela, a mão perde 70% de sua função – afirma o médico.

Na cirurgia, que durou três horas, a primeira etapa consistiu em manter a circulação e a inervação. Depois foi feita a pronação, que é deixar o novo polegar de frente para os demais dedos. Esse reposicionamento é importante para a mão conseguir segurar objetos, fazendo o movimento de pinça.

O procedimento é realizado aos dois anos de idade por dois motivos, basicamente: as estruturas da mão estão maiores e porque o cérebro ainda não tem todos os registros do polegar, ficando receptivo à alteração. A mão ficará com quatro dedos, mas manterá grande parte das funções, permitindo diferentes atividades como escrever. Concluída a cirurgia, a criança teve alta no dia seguinte. Agora terá de ficar com a mão imobilizada por quatro semanas e, depois, fazer fisioterapia durante três meses. Conforme o chefe do Serviço de Pediatria do Hospital Moinhos de Vento, intensivista pediátrico João Ronaldo Krauzer, esse não é um procedimento frequente na instituição porque a agenesia de polegar é uma patologia genética considerada rara.
– Mas o hospital está preparado para uma complexidade muito além da habitual – afirma Krauzer.

Integraram a equipe os médicos Marcos Tanhauser (anestesista) e Cristian Stein Borges (cirurgião de mão, primeiro auxiliar). Ruschel tem pós-graduações em cirurgia da mão e microcirurgia no The Robert Jones Orthopaedic Hospital, em Oswestry, e em cirurgia da mão e nervos periféricos no The Royal National Orthopaedic Hospital Londres, também na Inglaterra. Em 22 anos de atividades, Ruschel já havia realizado seis procedimentos semelhantes. 


Autor: Andressa Dorneles
Fonte: Critério

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