As doenças circulatórias são as que mais matam os brasileiros, de acordo com um estudo divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério da Saúde. Esse tipo de enfermidade, associada à má alimentação, ao consumo excessivo de álcool, ao tabagismo e ao sedentarismo, tirou a vida de 283.927 pessoas no país em 2005 —32% do total de mortes registradas no ano.
Em segundo lugar, aparecem as neoplasias malignas, grupo de doenças que reúne os vários tipos de câncer. Foram registradas 147.418 mortes causadas por esse tipo de enfermidade em 2005, o que representa 16,7% do total.
Segundo o estudo, houve uma mudança no perfil da causa de mortalidade dos brasileiros. Se no passado as doenças infecciosas e parasitárias, como diarréia, tuberculose e malária, estavam entre as principais causas de morte no país, hoje os brasileiros morrem mais vítimas das chamadas "doenças da modernidade".
De acordo com o relatório do Ministério da Saúde, isso reflete a rápida urbanização do país. O estudo mostra que, em 1930, as doenças infecciosas representavam cerca de 46% das mortes em capitais brasileiras. Já em 2003 esse número diminuiu para 5%. Em contrapartida, as doenças cardiovasculares, que representavam apenas 12% das mortes na década de 30, são hoje a principal causa de morte em todas as regiões brasileiras.
No Sudeste as doenças circulatórias representam 33% do total de mortes, enquanto no Sul, 32,9%. No Nordeste, essas enfermidades correspondem a 31,9% dos óbitos. No Centro-Oeste representam 31% e no Norte, 24,9%.
AVC — O estudo Saúde Brasil 2007 do Ministério da Saúde ainda detalhou quais doenças cardiovasculares mais matam no Brasil. Em primeiro lugar está o acidente vascular cerebral (AVC), que matou mais de 90.000 em 2005, 10% do total de óbitos no país. Em segundo vem a doença isquêmica do coração, com destaque para o infarto, que matou 84.945 – 9,4% do total do país.