.
 
 
Apenas 20% das mulheres têm mama reconstruída após tratamento de câncer no SUS
 
Notícias
 
     
   

Tamanho da fonte:


31/05/2017

Apenas 20% das mulheres têm mama reconstruída após tratamento de câncer no SUS

Para a entidade, a situação é explicada pela falta de estrutura para atendimento da demanda

Apenas 20% das 92,5 mil mulheres que fizeram a cirurgia de mastectomia para tratamento do câncer de mama pelo Sistema Único de Saúde (SUS), entre os anos de 2008 e 2015, passaram pelo procedimento de reconstrução mamária. O levantamento é da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) a partir de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS). Para a entidade, a situação é explicada pela falta de estrutura para atendimento da demanda e o número insuficiente de médicos qualificados para o procedimento.

O presidente da SBM, Antônio Luiz Frasson, destaca que algumas estruturas optam por fazer a reconstrução mamária em momentos separados, possibilitando que a fila para tratamento do câncer ande mais rápido.

— A estrutura é limitada e isso faz com que em alguns hospitais se priorize o atendimento do câncer e se postergue a reconstituição. Se em um dia eu tenho 10 horas de sala de cirurgia, eu posso operar quatro ou cinco pacientes com câncer de mama. Mas, se eu tiver que reconstituir, eu posso operar duas — explicou o médico mastologista.

Outro aspecto destacado por ele é o treinamento de profissionais.

— Como o sistema reembolsa pouco e como são cirurgias muito trabalhosas, não são muitos os profissionais que estão dispostos a trabalhar com uma baixa remuneração e alta complexidade — explicou Frasson.

Ele apontou que a SBM tem atuado para capacitar mais profissionais a fazer a reconstrução e conscientizar sobre a importância dessa atuação. Segundo ele, ainda não há um levantamento sobre os mastologistas já estão capacitados ou que contam com equipe para a reconstrução.

De acordo com a entidade, pelo menos 74 mil mulheres estão mutiladas pela mastectomia no país, mas com condições clínicas de fazer a cirurgia.

— Menos de 10% dos casos são tão graves que a gente quer apressar o tratamento oncológico com radioterapia, quimioterapia e, por esse motivo, deixa de fazer — explicou Frasson. Ele acrescenta que a mutilação traz consequências importantes para a autoestima e sociabilidade da mulher.

— É a falta de sensação de integridade física — apontou.

SUS

O Ministério da Saúde informou, por meio de nota, que o procedimento é oferecido de forma gratuita em qualquer unidade de saúde especializada no atendimento ao câncer de mama no país. Informa ainda que, em 2017, o número de cirurgias de reconstrução mamária cresceu 76,9% em relação a 2010, quando foram realizados 1.909 procedimentos. Os investimentos federais, por sua vez, passaram de R$ 2,4 milhões para R$ 9,5 milhões no período.

O ministério questiona ainda o estudo da SBM, considerando que o "banco de dados do governo federal dispõe apenas de informação sobre procedimentos, o que não quer dizer, necessariamente, pessoas". E reforça que, no âmbito do SUS, observa-se o crescimento do número de reconstruções mamárias.

Ainda de acordo com a pasta, essa cirurgia deve ser feita no mesmo ato cirúrgico de retirada da mama, segundo a Lei nº 12.802, de 24 de abril de 2013, mas que cabe à equipe médica avaliar se é possível fazer os dois procedimentos seguidamente. "A decisão é tomada com base em diversos fatores como, por exemplo, condição da área afetada para evitar infecção ou rejeição da prótese, condição clínica e vontade da própria paciente", diz a nota. 


Autor: Agência Brasil
Fonte: Zero Hora

Imprimir Enviar link

Solicite aqui um artigo ou algum assunto de seu interesse!

Confira Também as Últimas Notícias abaixo!

 
 
 
 
 
 
 
Facebook
 
     
 
 
 
 
 
Newsletter
 
     
 
Cadastre seu email.
 
 
 
 
Interatividade
 
     
 

                         

 
 
.

SIS.SAÚDE - Sistema de Informação em Saúde - Brasil
O SIS.Saúde tem o propósito de prestar informações em saúde, não é um hospital ou clínica.
Não atendemos pacientes e não fornecemos tratamentos.
Administração do site e-mail: mappel@sissaude.com.br. (51) 2160-6581