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Vacina é a maneira mais eficaz para prevenir hepatites virais
 
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26/07/2017

Vacina é a maneira mais eficaz para prevenir hepatites virais

Doença é silenciosa e quando os sintomas aparecem já está em estado avançado

Iniciativa e propostas brasileiras apresentadas durante assembleia da Organização Mundial de Saúde (OMS), realizada em maio de 2010, instituiu a data de 28 de julho como o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. A hepatite é uma infecção grave que afeta um dos órgãos mais importantes do corpo humano, o fígado. Sua transmissão se dá pela presença de vírus no sangue, no esperma e no leite materno e, por isso, é considerada sexualmente transmissível. “As hepatites virais são doenças silenciosas, a pessoa pode passar vários anos infectada sem apresentar nenhum sintoma, mas quando se manifesta, o problema já está em estágio mais avançado, o que pode levar a complicações como câncer de fígado ou a cirrose”, esclarece a médica infectologista Marta Fragoso, responsável pelo Centro de Vacinação do Hospital VITA em Curitiba.

Os sintomas, os mais comuns são mal-estar, fraqueza, febre, dor abdominal, enjoo e náuseas, vômitos, perda de apetite, urina escura (cor de café), icterícia (olhos e pele amarelados), fezes esbranquiçadas. A médica alerta que atividades comuns do dia a dia podem também ser momentos de risco quando o assunto é hepatite. Ao fazer as unhas em salões de beleza, tatuagens, piercings e acupuntura, por exemplo, é possível se contaminar com as hepatites B e C. Por isso, é importante manter algumas medidas preventivas, como usar preservativo nas relações sexuais, não compartilhar objetos de uso pessoal e a vacina.

A imunização por meio de vacinas é a forma mais adequada para prevenir doenças. “Não são todos os tipos de hepatite que têm vacina para prevenir o contágio, além disso, já existem opções de medicamentos para tratamento, mas a prevenção e a informação ainda são as melhores maneiras de afastar a doença e manter a saúde do fígado”, ressalta a infectologista.

Na maioria dos casos a infecção é causada por cinco vírus: A, B, C, D e E. Saiba mais sobre os tipos de hepatite, sintomas, formas de contágio, tratamento e prevenção:

Hepatite viral A

Apresenta distribuição mundial, transmitida pela via fecal-oral, contato inter-humano (contato sexual por meio da prática de sexo oral e/ou anal), por água ou alimentos contaminados, com período médio de incubação (exposição até o início dos sintomas) de 30 dias.

Sua disseminação está associada ao nível socioeconômico, condições de saneamento básico e higiênico-sanitárias da população, sendo mais frequente em crianças na idade pré-escolar. O tratamento consiste no repouso do paciente, dieta livre de acordo com sua aceitação alimentar (redução de gorduras e aumento de carboidratos e doces é mito popular) com restrição de ingesta de álcool por até um ano. Quanto à prevenção, pode ser feita por meio de vacinação.

Hepatite viral B

É a mais frequente e sua transmissão é por meio de relações sexuais desprotegidas, uso de drogas injetáveis com compartilhamento de seringas, agulhas e outros equipamentos, procedimentos invasivos sem esterilização adequada ou sem uso de material descartável (cirurgias, procedimentos odontológicos, hemodiálise, tatuagens, colocação de piercings, perfurações de orelha, manicures e pedicures), transfusão de sangue e derivados, transmissão vertical (mãe para o filho), aleitamento materno e acidentes perfurocortantes em profissionais da saúde.

O período de incubação varia de um a seis meses, com média de 70 dias. Pode ocorrer sem ou com sintomas inespecíficos (febre, cansaço, dores musculares ou articulares, dor de cabeça, falta de apetite, náuseas e vômitos) por até quatro semanas até a fase de icterícia ou amarelão (que pode ser de intensidade variável com pele e mucosas amarelas, urina muito escura e fezes claras) associada a coceiras pelo corpo.

Após a fase de icterícia há a recuperação ou convalescença. Uma média de 90% a 95% dos pacientes adultos evoluem para a cura, no entanto, quando a reação inflamatória do fígado persiste por mais de seis meses, considera-se que a infecção está evoluindo para a forma crônica. Neste caso, após anos de evolução, pode surgir a cirrose do fígado – causando varizes no esôfago, sangramentos digestivos, ascite (acúmulo anormal de líquidos) e alterações hematológicas e o hepatocarcinoma.

O tratamento da fase aguda consiste no repouso, restrição de ingesta de bebidas alcoólicas e medicamentos para o controle dos sintomas. Já a fase crônica pode ser cuidada com determinados medicamentos, no entanto é mais complexa, prolongada e exige o acompanhamento de profissionais especializados. A imunização por meio de vacina ainda é a melhor atitude para evitar o contágio.

Hepatite viral C

Também é viral e destaca-se pelo seu elevado percentual de pacientes que desenvolvem a forma crônica e a inexistência de vacina para sua prevenção. O período de incubação varia de 15 a 150 dias. Pode ser transmitida de várias maneiras, sendo as mais frequentes por transfusão de sangue, uso de drogas injetáveis, hemodiálise, acupuntura, piercings, tatuagens, droga inalada, manicures e pedicures, barbearias, instrumentos cirúrgicos, de mãe para o filho na gestação, acidentes perfurocortantes nos profissionais de saúde, transplantes de órgãos e tecidos e por contato sexual (menos frequente). Em aproximadamente 10 a 30% dos casos não é possível determinar a forma de transmissão.

Pode ser assintomática ou com icterícia e outros sinais próprios das hepatites na fase aguda. Em média somente 20% dos pacientes conseguem eliminar o vírus e os outros 80% evoluem para a forma crônica com possibilidade de cirrose e hepatocarcinoma (câncer primário do fígado).

Não há vacina disponível contra o vírus C, portanto a prevenção evitando os fatores de risco já citados é primordial, além do diagnóstico precoce para a interrupção da progressão da doença com medicamentos específicos e redução de exposição a substâncias hepatotóxicas (álcool e outras drogas).

Hepatites Delta e E

Este tipo é menos frequente. A transmissão, sinais e sintomas, controle e tratamento da hepatite Delta é semelhante ao do vírus B que necessita da presença deste para contaminar o paciente. Já a hepatite E é de transmissão fecal-oral semelhante à hepatite A também nos sintomas e sinais e, portanto, as estratégias de tratamento são as mesmas. Não há vacinas para ambos os casos.

Dados da Organização Mundial de Saúde

Um levantamento realizado pela OMS estima que 2 milhões de brasileiros tenham a doença. Os dados revelam que o número de mortes em decorrência das hepatites virais tem crescido. Ainda segundo o estudo, 325 milhões de pessoas no mundo têm um quadro crônico de infecção viral por hepatite B ou C, responsáveis por 96% de todas as mortes causadas pela doença, sendo que a maioria delas não sabe que é portadora da enfermidade, ou seja, não são tratadas. Quanto ao Brasil, o relatório da agência especializada em saúde estima que 2 milhões de indivíduos vivem com o vírus da hepatite B, o mais comum entre a população mundial. 


Autor: Cristina Sório
Fonte: Smartcom

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