Temos que entender como prevenir crimes comuns, pois a nossa segurança depende de nós mesmos. Esta foi a principal mensagem do especialista em segurança pessoal Gustavo Caleffi durante o Grand Round Hospital Moinhos de Vento e Johns Hopkins Medicine International. O evento reuniu profissionais da instituição nesta terça-feira, 1° de agosto.
Caleffi apresentou os tipos de crimes que mais impactam quem vive em Porto Alegre – considerada atualmente uma das cidades mais violentas do mundo. Ele mostrou como atitudes preventivas podem reduzir riscos aos cidadãos. “Ver uma imagem de um bandido com uma arma passou a ser comum. Temos que entender e dimensionar os riscos que corremos para fazer a prevenção”, alertou. “Não há um perfil específico de criminoso. Pode ter diferentes idades e pertencer mesmo às classes sociais mais altas”, ressaltou.
Na avaliação do especialista, o medo já não é algo que inibe os criminosos. “O sujeito age onde encontra uma oportunidade. Não estamos seguros em nenhum lugar e em nenhum horário”, destacou, reforçando que 36% das cidades mais violentas do mundo estão no Brasil.
Gustavo Caleffi atua no segmento há mais de 18 anos, tendo realizado especializações em Israel e Espanha. Para ele, segurança passou a ser questão de sobrevivência no Brasil. “Temos cada vez mais crimes e menos policiais. Somos sempre reativos, com compras de câmeras de segurança, contratação de agentes e investimentos em centrais de monitoramento. Mas, na verdade, precisamos ter planejamento, projetos, ferramentas, procedimentos e controle, uma auditoria constante, para assumirmos a segurança, deixando de adquirir equipamentos que apenas nos dê essa sensação”, disse.
Estatísticas do Datafolha apontam que 1 em cada 5 brasileiros foi vítima de violência no período de um ano. Diante desse cenário, Caleffi indica que a melhor forma de tentar evitar ataques é estar sempre vigilante para prever a ação de criminosos. Alertou também para a exposição de informações nas redes sociais. “Expor você e sua família na internet pode gerar sérios problemas. Se quiserem fazer isso, permita que apenas seus amigos nas redes tenham acesso aos seus dados e fotos. Não sejam ingênuos”, finalizou.
