Segundo dados divulgados pelo Vigitel, do Ministério da Saúde, o número de pessoas diagnosticadas com diabetes passou de 5,5% em 2006 para 8,9% em 2016, o que significa um crescimento de 61,8% da doença em um período de dez anos.

Uma das consequências mais severas do diabetes são as amputações. A organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 70% das amputações realizadas no Brasil são decorrentes do diabetes, e destas, 85% ocorrem por conta de feridas nos membros inferiores, o que representa em torno de 55 mil amputações por ano.

Pé diabético como é chamada a lesão que acaba levando às amputações pode ser tratada com o auxílio da Oxigenoterapia Hiperbárica, tratamento médico que consiste na inalação de oxigênio puro (100%) dentro de um equipamento denominado câmara hiperbárica, onde a pressão é 2 a 3 vezes maior que a pressão atmosférica ao nível do mar.

A diretora clínica do Instituto de Oxigenoterapia Hiperbárica do Brasil, Dra. Vanessa Brendler, esclarece como funciona o processo. “ As sessões de Oxigenoterapia Hiperbárica promovem o aumento da concentração de oxigênio dissolvido no plasma sanguíneo e, consecutivamente, nos tecidos acometidos, melhorando as funções celulares locais. Vale ressaltar que a Oxigenoterapia Hiperbárica faz parte de uma soma de recursos terapêuticos, como o controle adequado do Diabetes, o repouso, o uso de curativos apropriados e a realização de procedimentos cirúrgicos quando necessário”, explica.

O tratamento é realizado diariamente e tem duração aproximada de duas horas, o número total de sessões depende do grau da lesão e da forma como o paciente está realizando os demais tratamentos necessários.

A Oxigenoterapia Hiperbárica vem sendo utilizada no mundo todo. No Brasil é regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina desde 1995 e está presente em diversos hospitais, principalmente no estado de São Paulo. Em Porto Alegre o tratamento, embora já coberto pelos planos de saúde, ainda não está disponível dentro dos hospitais. O Instituto de Oxigenoterapia Hiperbárica do Brasil tem 13 anos de atuação na capital gaúcha, já atendeu mais de 4 mil pacientes e desde 2014 conta com uma unidade no Hospital de Caridade Dr. Astrogildo de Azevedo, em Santa Maria.