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Morte por falhas dispara no SUS
 
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17/11/2008

Morte por falhas dispara no SUS

2008: 1 a cada 147 óbitos é causado por deficiência no atendimento; em 1998, era de 1 a cada 473

Cresceu no Estado de São Paulo o número de pacientes que morrem por causa de complicações no atendimento médico após internação no Sistema Único de Saúde (SUS). Há dez anos, em cada 473 mortes no sistema, 1 era decorrência de problemas no tratamento. Hoje, a participação aumentou para 1 caso a cada 147 mortes. Os problemas ocorrem mais em procedimentos não-cirúrgicos, como a inserção de uma sonda gástrica, por exemplo.

As complicações são consideradas uma causa de óbitos da Classificação Internacional de Doenças, assim como uma pneumonia ou um acidente de moto. A categoria foi criada para contabilizar, por exemplo, os casos em que a anestesia foi responsável pela morte do paciente - e não a doença que o levou ao hospital. Conta também - mas não só - erros médicos.

De janeiro a agosto de 1998, os médicos informaram que 113 pessoas internadas pelo SUS em São Paulo morreram em razão de um problema do tratamento. No mesmo período deste ano, o número quase quadruplicou: 440. Ao mesmo tempo, o total de internações que terminaram em óbito nos últimos dez anos cresceu aproximadamente 21%.

Embora um pouco menor, a variação também é expressiva se consideradas as mortes em qualquer situação - como as ocorridas na rede hospitalar particular ou quando a vítima chega sem vida ao SUS. Por esse levantamento, o ano de 1998 teve 240 óbitos decorrentes de complicações de tratamento médico no Estado, de um total de 232.882 mortes - um para cada 970, em média. Em 2005 - dado mais recente - foram 360 de um total de 237.864. Ou seja, um em cada 661.

Para o governo federal e especialistas, os números estão subestimados, já que quem classifica a morte do paciente é o profissional de saúde que o atendeu. Por isso, a subnotificação é considerada alta.

Na maioria dos casos, os médicos registram não ter havido qualquer tipo de incidente durante o tratamento, informando que o paciente morreu em razão de complicações tardias e anormais.

Ao todo, 415 pessoas sofreram “reação anormal” a algum tipo de intervenção em 2008. As não cirúrgicas - que incluem, além da sonda gástrica, outras como diálise renal e radioterapia - respondem por 231 casos. Há dez anos, foram 17.

Amputações de membros, transplantes de órgãos ou implantes de próteses internas - entre outros casos de cirurgias - registraram 184 mortes por complicações tardias neste ano, ante 73 em 1998. Já os “acidentes não especificados” durante um procedimento cirúrgico somam outros 5 casos neste ano, ante 3 em 1998.

A não dispensação do tratamento necessário, que antes não aparecia nos dados do Datasus, contabiliza um caso em 1998. Tecnicamente, ela é descrita como “não administração de cuidado médico ou cirúrgico” ou como “cessação prematura” do tratamento. A Secretaria de Estado da Saúde não se manifestou. O Ministério da Saúde diz que os dados não devem ser analisados de forma isolada.


Autor: Vitor Sorano
Fonte: O Estado de S. Paulo

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