Na próxima quarta-feira (27), o Brasil entra em campo para mais uma partida da Copa do Mundo. E, com ele, também a preocupação com o uso indevido de fogos de artifício. Segundo o cirurgião plástico Márcio Castan, médico do Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC), todo o cuidado é pouco para evitar as queimaduras causadas pelos artefatos nesta época.
O médico explica que a faixa etária que mais se fere é a de pacientes de 15 a 40 anos do sexo masculino. “Dependendo do trauma sofrido, as condições variam de pequenas lesões, queimaduras até a amputação de membros, principalmente dedos”, diz.
Castan explica que cada caso é diferente, mas para restabelecer a função do membro amputado é preciso intervenção cirúrgica. Ele salienta que “o tratamento pode durar meses e, dependendo da condição do paciente, é preciso um trabalho conjunto com a fisioterapia. Além disso, o prejudicado fica fora do mercado de trabalho neste período de recuperação”.
Segundo o levantamento elaborado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em parceria com as Sociedades Brasileiras de Cirurgia da Mão (SBCM) e de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), o manuseio inadequado de fogos de artifício levou à internação hospitalar de mais de cinco mil pessoas entre os anos de 2008 e 2017. No Rio Grande do Sul, durante este período, 117 casos foram registrados.