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14/10/2009

Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, alerta:

Estudos indicam relação entre tipo preferido de bebida alcoólica, gravidade da dependência e aderência ao tratamento

Pesquisa apoiada pelo CISA – Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, organização não governamental que se destaca como uma das principais fontes no País sobre o tema, revela que pacientes dependentes de álcool com preferência por bebidas destiladas, como cachaça, vodca ou uísque, do que outros tipos de bebidas, apresentam maior grau de dependência e menor adesão ao tratamento contra o alcoolismo.

O estudo, conduzido pelo pesquisador Danilo Baltieri, coordenador do GREA - Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas, sediado no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), teve como objetivo determinar se os diferentes tipos de bebidas consumidas por dependentes de álcool estavam associados a diferentes resultados terapêuticos, assim como à maior gravidade de dependência e fissura no início do tratamento.

“Os alcoolistas constituem uma população bastante heterogênea e uma forma para reduzir esta heterogeneidade é a tentativa de organizar subgrupos com características mais homogêneas”, explica Baltieri. Segundo o pesquisador, se os tipos de bebidas realmente afetarem a reposta a diferentes propostas de tratamento ou até mesmo à fissura pelo álcool, uma nova forma de classificação ou tipologia pode ser estabelecida.

Participaram da pesquisa 157 homens dependentes de álcool, da cidade de São Paulo, com idades entre 18 e 60 anos, que foram divididos em dois grupos: bebedores preferencialmente de cerveja ou de destilados. Durante o período de 12 semanas, os participantes foram acompanhados e avaliados quanto à fissura, presença de sintomas depressivos, tempo para a primeira recaída, número acumulado de semanas de abstinência e adesão ao tratamento medicamentoso proposto na ocasião.

De acordo com o estudo, não houve diferenças entre os grupos quanto ao período de tempo necessário para o acontecimento da primeira recaída ou número acumulado de semanas de abstinência. No entanto, os pacientes dependentes de álcool com preferência por destilados apresentaram maior gravidade de dependência e fissura no início do estudo, histórico de tratamento para alcoolismo mais frequente e menor condição sócio-econômica. Já os bebedores que preferiram cerveja aderiram significativamente mais ao tratamento que os bebedores de destilado, independentemente da forma de tratamento adotada.

Outros resultados indicam que os bebedores preferenciais de cerveja possuíam melhor renda mensal do que o grupo de bebedores de destilados e que o grupo de bebedores de destilados tinham procurado mais frequentemente outros tipos de serviços antes de iniciar a pesquisa. Segundo Baltieri, também é possível dizer que os bebedores de destilados parecem demonstrar uma melhor percepção dos danos causados pelo consumo de álcool do que os bebedores de cerveja.

O alerta, desta forma, é para os profissionais de saúde no tratamento de pacientes dependentes de álcool com preferência por destilados. “Os profissionais devem avaliar rigorosamente alguns erros perceptivos ou até mesmo distorções cognitivas que os pacientes trazem consigo durante todo o processo terapêutico”, afirma Baltieri.

Sobre o CISA

O Centro de Informações sobre Saúde e Álcool – CISA, organização não governamental lançada em 2004 pelo psiquiatra e especialista em dependência química Arthur Guerra de Andrade, é hoje a maior fonte de informações no País sobre o binômio álcool e saúde. Por meio de seu website (www.cisa.org.br), o CISA dispõe de um banco de dados com mais de 1.600 títulos, desde publicações científicas reconhecidas nacional e internacionalmente, dados oficiais, até notícias publicadas em jornais e revistas destinados ao público em geral. Além de estar comprometido com o avanço do conhecimento na área de saúde e álcool, o Centro também atua na prevenção do abuso e nos problemas do uso indevido da substância, por meio de parcerias e elaboração de materiais de apoio a pais e educadores.

 


Autor: Imprensa
Fonte: CISA

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