Entre os americanos com 30 anos de idade ou mais, 13,7% dos homens e 11,9% das mulheres têm diabetes. Quase um terço deles nunca recebeu diagnóstico da doença.

Aplicando técnicas estatísticas a duas bases de dados, uma com números coletados a nível nacional e a outra a nível estadual, pesquisadores chegaram ao que eles acreditam serem estimativas altamente precisas dos casos, diagnosticados ou não, em cada estado.

Colorado, Minnesota, Montana e Vermont têm índices baixos. Vermont tem o menor índice de diabetes: 6,1% para as pessoas entre 30 e 59 anos e 19,9% para pessoas com mais de 60. Estados do sudeste têm as taxas mais altas. O Mississipi, onde 11,4% das pessoas entre 30 e 59 anos e 27% das pessoas com mais de 60 são diabéticas, tem a maior taxa de todos os estados.

"Visualmente, o que descobrimos está muito claro - a acentuada diferença entre o sudeste e o resto do país", disse o principal autor do estudo, Goodarz Danaei, pesquisador de epidemiologia de Harvard. "Os estados do sudeste têm uma combinação muito perigosa de fatores de risco para doenças cardíacas: obesidade, pressão alta e diabetes".

Em todos os Estados, os homens têm mais diabetes que as mulheres. Muitas vezes, essa diferença é grande. No Minnesota, por exemplo, quase 12% dos homens têm a doença, mas apenas 8% das mulheres são diabéticas. A variação entre raças também é acentuada. Nacionalmente, cerca de 18% dos negros e 16% dos hispânicos têm diabetes, em comparação a 11% dos brancos.

A análise, publicada no jornal on-line "BioMed Central", tem certas limitações. Os pesquisadores não puderam incluir o histórico familiar para diabetes, atividade física, consumo de álcool e fatores alimentares específicos de risco na pesquisa. No entanto, o relatório oferece as únicas estimativas sobre a diabetes diagnosticada e não-diagnosticada nos Estados Unidos. Mais de 70 mil pessoas morrem de diabetes todos os anos, tornando-a a sexta maior causa de mortes.